27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2160-1


Poster (Painel)
2160-1Perfil de resistência a antimicrobianos de cepas de Enterococcus faecallis isolados de suínos.
Autores:Filsner, P.H (USP - Universidade de São Paulo) ; Silva, G.R.F (USP - Universidade de São Paulo) ; Moreno,M. (USP - Universidade de São Paulo) ; GOMES, V.T.M. (USP - Universidade de São Paulo) ; SILVA, K. C (USP - Universidade de São Paulo) ; Felizardo,M.R. (USP - Universidade de São Paulo) ; Ferreira, T. S. P (USP - Universidade de São Paulo) ; Moreno,A.M (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Introdução Agentes causadores de infecções urinárias, endocardites, meningites e septicemias os membros do gênero Enterococcus ganharam importância epidemiológica, já que possuem resistência, tanto intrínseca quanto adquirida, a uma ampla gama de antibióticos. Entre suas 36 espécies, duas recebem maior destaque E. fecalis e E. faecium devido à alta frequência de multirresistência a antimicrobianos. Vários estudos indicam que o uso de promotores de crescimento na produção animal foi um importante fator no crescimento da frequência de multirresistência em várias espécies de Enterococcus. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi determinar o perfil de resistência de cepas de Enterococcus faecalis isolados de suínos aos antimicrobianos mais comumente utilizados contra o agente. Materiais e métodos Foram avaliadas através da técnica de disco-difusão, 300 cepas de Enterococcus faecalis isoladas de 171 animais. Os antimicrobianos testados foram vancomicina, gentamicina, estreptomicina, ciprofloxacina e florfenicol. Discussão A avaliação do padrão de resistência indicou uma alta frequência de resistência à estreptomicina (69,33%), seguida pela resistência a gentamicina (79%), ciprofloxacina (52%) e florfenicol (37,33%). Nenhum isolado foi resistente à vancomicina. Um total de 45,33% dos isolados foram multirresistentes, apresentando resistência a mais de três classes de antimicrobianos testados. Conclusão Vários estudos têm associado o uso como promotores de crescimento ou terapêutico de avoparcina e gentamicina com o aumento de Enterococcus resistentes a vancomicina e gentamicina em animais de produção. No Brasil o uso de avoparcina em suinocultura não foi muito intensivo, o que provavelmente não contribuiu com a seleção de cepas resistentes a vancomicina, no entanto a resistência a altos níveis de gentamicina e estreptomicina é alarmante e deve ser monitorada cuidadosamente em cepas isoladas espécie animal. Agradecimento: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.