27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2151-1


Poster (Painel)
2151-1AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURAS E POTENCIAIS OSMÓTICOS UTILIZANDO LEVEDURAS COMO POTENCIAL MICROBIOLÓGICO EM VIDEIRA.
Autores:PEREIRA, C.A. (UNEB - Universidade do Estado da Bahia) ; CASTRO, A.P.C. (UNEB - Universidade do Estado da Bahia) ; ARAÚJO, L. F. C. (UPE - Universidade de Pernambuco) ; da PAZ, C. D. (UNEB - Universidade do Estado da Bahia) ; TERAO, D. (EMBRAPA SEMIÁRIDO - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) ; GAVA, C. A. T. (EMBRAPA SEMIÁRIDO - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)

Resumo

Com a expansão do cultivo da videira, o mercado consumidor passou a exigir mais do produtor, determinando assim uma necessidade de se enquadrar nos padrões de produção que exigem qualidade do fruto e estabilidade quanto à deterioração química e microbiana, tendo como fator relevante a quantidade de água livre presente nele. O estresse hídrico está associado à atividade microbiana, que dependendo da quantidade de água livre disponível pode contribuir para o aumento da atividade microbiana e menor tempo de conservação dos frutos. As leveduras têm se mostrado promissoras diante de estudos já realizados, apresentando um maior potencial antagônico no controle de doenças pós-colheita e contribuindo para o tempo maior de conservação do fruto. Diante disso, após seleção de leveduras promissoras em estudos anteriores o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade das leveduras em meio com diferentes condições de temperaturas e potenciais osmóticos. Os isolados de leveduras (LF e L7K) foram multiplicados em meio SD+Y (Saboraud dextrose + extrato de levedura), seguido de remoção do meio de cultivo por centrifugação. Suspensões padronizadas foram obtidas em solução de um polímero dispersante, obtendo-se um preparado técnico com 103 cels.mL-1 que foram inoculadas e expostas a diferentes condições de temperaturas (20, 25, 30, 35 e 40°C) e potenciais osmóticos (0, -2, -5, -10, -15, -20 MPa) obtidos a partir do polietilenoglicol 6000, sendo avaliadas após 3 dias. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, com 2 repetições por tratamento. Os resultados obtidos apontam que para as temperaturas houve interferência a partir de 30°C, o que resultou em uma queda linear no crescimento das leveduras. Para o potencial osmótico (PO) na temperatura de 25°C foi observado na levedura L7K que à medida que diminui o PO diminui a atividade microbiana e a levedura fica mais sensível, já para a levedura LF houve um pequeno aumento nas maiores concentrações de PO, a partir do -5 MPa havendo uma redução na atividade de água por se tratar de maior concentração de peg 6000 o que resultou em uma baixa sobrevivência da levedura. Dessa forma, as leveduras L7K e LF se mostraram mais resistente para temperaturas até 30°C e se tratando de potencial osmótico a LF se mostrou mais resistente até -5 MPa.