27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2134-2


Poster (Painel)
2134-2Presença de Escherichia coli produtora de toxinas de Shiga (STEC) em água do mangue do Rio Escuro, Ubatuba, SP
Autores:Tibo, L.H.S. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Carvalho, A.C. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Cesetti, L. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Rigacci, E.D.B. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Custódio, A.C. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Santos, B.B. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Zambelli, V.F. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Conceição, R.A. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Bernedo-Navarro, R.A. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Yano, T. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

A saúde do homem está diretamente relacionada à qualidade da água e também de seus mananciais, sendo que as principais doenças relacionadas ao trato gastrointestinal humano são veiculadas através da água de consumo. Um dos principais indicadores da qualidade de água é a presença de micro-organismos diarreiogênicos (vírus e/ou bactérias). No presente trabalho foram analisadas amostras de água coletada no mangue do Rio Escuro, na região de Ubatuba, São Paulo, para a detecção de Escherichia coli diarreiogênicas. A presença de E. coli nas amostras analisadas foi detectada em placas de PetrifilmTM e posteriormente confirmadas mediante testes bioquímicos (EPM, MiLi e citrato). As amostras de E. coli foram submetidas a análise molecular através da técnica de Reação em cadeia da Polimerase (PCR) para detectar os genes que codificam as toxinas de E. coli diarreiogênicas em humanos: enterotoxinas termo-estáveis e termo-lábeis (ST e LT) e toxinas de Shiga (Stx1 e Stx2). Também foi determinada a atividade citotóxica dos sobrenadantes bacterianos em células Vero (células de rim de macaco verde africano) para a confirmação dos resultados moleculares. Nossos resultados mostraram que das onze amostras de E. coli isoladas de água, oito possuiam o gene para produção de Stx2 (toxina de Shiga tipo 2), porém, não foram observadas amostras positivas para os genes stx1, st-1, st-2, lt-1 e lt-2. Também foi observado que os sobrenadantes de todas as amostras stx2 positivas apresentaram efeito citotóxico em células Vero, similar ao efeito causado por E. coli O157:H7 nesta linhagem celular. Nossos resultados demonstram a presença de E. coli produtora de toxina de Shiga (STEC) com alto potencial enteropatogênico para o homem na região do mangue do Rio Escuro, o que pode representar um risco para a saúde pública.