27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2128-2


Poster (Painel)
2128-2Corynebacterium spp. em infecções do trato urinário: aspectos clínico-epidemiológicos e de resistência a antimicrobianos.
Autores:SANT'ANNA, L.O (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; SANTOS, L,S. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; SOUZA, M.C. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; FARIA, Y.V. (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona OesteUERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; SOUZA, L.P. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; RAMOS, J, N. (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo CruzUERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; SOUZA, C. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; SANTOS, C, S. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; NAPOLEÃO, F. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; CAMELLO, T, C, F. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; HIRATA JR, R. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; MATTOS-GUARALDI, A.L. (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

O gênero Corynebacterium compreende várias espécies de bacilos Gram-positivos irregulares pleomórficos, algumas destas encontradas como parte da microbiota anfibiontica humana, que recentemente têm sido relacionadas a quadros infecciosos, sobretudo em pacientes com longos períodos de hospitalização, transplantados, imunocomprometidos especialmente portadores de doenças crônicas e neoplasias. Nosso trabalho teve como objetivo realizar levantamento retrospectivo de casos de infecções do trato urinário (ITU), ocorridos entre janeiro e agosto de 2012, nos quais foram identificadas amostras de Corynebacterium spp. pelo Laboratório de Difteria e Corinebactérias de Importância Clínica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com base nos registros obtidos, sexo, idade, espécies, espécies associadas e susceptibilidade a antimicrobianos foram analisados no programa EpiInfo™. Dentre os 69 casos estudados, 65.2% revelaram unicamente corinebactérias. Os estafilococos coagulase-negativos foram os mais frequentes em associação. O sexo feminino respondeu pela maioria dos casos (81.2%) e a faixa etária mais atingida foi de 45-65 anos. A maior parte dos isolados de Corynebacterium spp. (49.3%) foi agrupada no Complexo XMSA (Corynebacterium xerosis/ Corynebacterium minutissimum/ Corynebacterium striatum/ Corynebacterium amycolatum). As amostras apresentaram perfis de resistência diversos, com destaque à penicilina (43,5%), ampicilina (44,9%), eritromicina (52,2%), lincomicina (59,3%), nitrofurantoína (75,5%) e sulfametoxazol-trimetoprim (69,4%). As corinebactérias são capazes de causar ITU e apresentar resistência aos principais agentes antimicrobianos utilizados na terapêutica das infecções por micro-organismos Gram-positivos, sendo necessários estudos adicionais para elucidar mecanismos envoltos nesse processo.