27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2126-1


Poster (Painel)
2126-1PRODUÇÃO DE FITASES POR FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO EMPREGANDO FUNGOS TERMOFILICOS
Autores:DELMASCHIO, I.B. (IBILCE/UNESP - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas) ; GOMES, E. (IBILCE/UNESP - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas) ; THOMEO, J.C. (IBILCE/UNESP - Instituto de Biociências, Letras e Ciências ExatasIBILCE/UNESP - Instituto de Biociências, Letras e Ciências ExatasIBILCE/UNESP - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas)

Resumo

A administração de fitases exógenas surge como uma alternativa para que animais monogástricos possam hidrolizar fósforo fítico presente em plantas como grãos, sementes oleaginosas e legumes. O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver um processo de produção de fitases através de Fermentação em Estado Sólido, utilizando fungos termofílicos cultivados em resíduos agroindustriais como substratos. Para isto, processos fermentativos foram realizados empregando bagaço de cana de açúcar, farelo de trigo e bagaço de laranja nas proporções 1:2:2 (peso), respectivamente. As fermentações foram conduzidas em sacos plásticos de polipropileno, contendo 5g de matéria seca, a 45°C, 70% de umidade do substrato (base úmida) e 96 horas de fermentação. A solução nutriente foi composta de tampão citrato de sódio com pH = 5.0 contendo 0,5% de citrato de amônio, KCl 2 Mm, MgSO4.7H2O 5 Mm, ZnSO4.7H2O 5 Mm e Tween 0,1%. A concentração dos esporos foi fixada em 107 esporos/mL. Diferentes classes de fungos foram avaliadas para determinar a maior produção de fitases. Dentre os microrganismos testados estão Thermomucor indicae-seudaticae N31 e os ainda não identificados fungos: S1, SER e FZ, isolados pela equipe do no laboratório de Bioquímica e Microbiologia Aplicada do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP, os quais estão em fase de identificação. Os resultados mostraram que as atividades enzimáticas das fitases produzidas pelos diferentes tipos de fungos foram 0,156; 3,622; 0,186; 1,069 U/g para Thermomucor indicae-seudaticae N31, S1, SER e FZ, respectivamente. Dado que o fungo denominado como S1 mostrou fitases mais ativas, este foi selecionado para avaliar diferentes concentrações dos substratos para otimizar sua produção. Durante esta última etapa, as proporções avaliadas foram 1:1:3 para cana de açúcar, farelo de trigo e bagaço de laranja, respectivamente, sendo que o resultado obtido da atividade enzimática foi 1,538 U/g, evidenciando a necessidade de se manter uma fonte de carbono mais facilmente disponível para o crescimento do microrganismo, farelo de trigo, para que posteriormente possa haver a indução da metabolização da enzima através da decomposição do bagaço de laranja.