27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2117-2


Poster (Painel)
2117-2DETECÇÃO MOLECULAR DA INFECÇÃO POR CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS
Autores:Joventino, K.M.S (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Souza, L.M.S. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Spinelli, N.C. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Nascimento, W.G.A. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Souza, L.B.F.C (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Minnicelli, C.F. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Araújo, J.M.G. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Freitas, J.C.O.C. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Pereira, M.G. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Quintana, V.H.A. (USP - Universidade de São Paulo) ; Farias, K.J.S. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Machado, P.R.L. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

A infecção por citomegalovírus (CMV) é uma grande causa de morbidade e mortalidade em pacientes transplantados de órgãos sólidos e pode ocorrer em 30% a 75% dos pacientes. O objetivo do presente trabalho foi realizar a detecção do CMV pela reação em cadeia da polimerase (PCR) em amostras de soro e células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de pacientes submetidos a transplante renal do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). No período de agosto de 2012 a abril de 2013 foram coletadas amostras de sangue periférico do receptor após o transplante e separação das PBMC foi realizada com reagente “Ficoll-Paque”. A extração de DNA será realizada como o kit QIAamp® DNA a partir de amostras de soro e das PBMC. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi realizada em duas etapas (nested-PCR) para a amplificação de uma região conservada do genoma do CMV. Dos 30 pacientes incluídos no estudo, 50% foram do sexo masculino e 50% do sexo feminino, com mediana de idade de 45 anos, variando de 14 a 67 anos. Em relação ao diagnóstico molecular para CMV nas diferentes amostras clínicas, detectou-se o DNA viral nas PBMC de 20% (6/30) dos pacientes, e 10% (3/30) dos pacientes foram positivos no soro e nas PBMC. Os pacientes positivos na detecção molecular do CMV no soro e/ou PBMC apresentaram diferentes sintomas, dentre eles: febre, diarréia, disúria, suspeita de úlcera/gastrite/esofagite. A presença do DNA do CMV detectado no soro ou plasma coincide ou ocorre após a sua detecção em leucócitos polimorfonucleares, sendo, portanto, hipotetisado, que vírus livre pode ser proveniente da lise de células infectadas pelo vírus, durante a replicação ativa. No presente trabalho foi possível a detecção da viremia ativa em 10% dos pacientes por meio da detecção do DNA viral no soro por nested-PCR, assim como, casos de latência, com a detecção vírus associado a célula. Finalmente, como a infecção pelo CMV está associada ao aumento da predisposição de rejeição aguda e crônica ao aloenxerto e a redução da sobrevida global do paciente e da sobrevida do aloenxerto, a implementação da PCR para monitoramento da infecção em pacientes transplantados renais atendidos no HUOL será importante para administração da terapia apropriada, evitando a progressão da doença e outras complicações, além de contribuir para o melhor entendimento da patogênese da infecção sintomática por CMV.