27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2096-2


Poster (Painel)
2096-2DETECÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE CEPAS DE Staphylococcus aureus ISOLADAS DA NASOFARINGE DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARACAJU-SE
Autores:Carneiro, M.R.P. (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; SILVA, R.O. (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Oliveira, J.S. (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Santos, L.V. (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Diniz, L.E.C. (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

Resumo

Staphylococcus aureus constitui-se em agente bacteriano de ampla variedade de enfermidades. Muitas cepas S. aureus tem sido relatadas como multirresistentes a diversos antimicrobianos. Infecções causadas por tais cepas, até então limitadas ao ambiente nosocomial, tem sido associadas ou adquiridas na comunidade com frequência crescente em todo o mundo. O trato respiratório é um local importante de colonização entre as pessoas saudáveis e diversos estudos tem realizado o rastreamento de cepas S. aureus resistentes isoladas da nasofaringe de profissionais da área de saúde. O presente estudo objetivou avaliar a prevalência de cepas de S. aureus isoladas de secreção da nasofaringe de profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde de Aracaju-SE, bem como a respectiva susceptibilidade destas a antimicrobianos. Foram colhidas, com suabe em meio de Stuart, 94 amostras de secreção da nasofaringe de enfermeiros (E), técnicos de enfermagem (TE) e auxiliares de enfermagem (AE) nas Unidades de Urgência e Emergência Nestor Piva e Augusto Franco localizadas em Aracaju-SE, no período de setembro de 2012 à abril de 2013. Foram realizadas cultura e identificação de S. aureus de acordo com as recomendações da Sociedade Americana de Microbiologia; a susceptibilidade a antimicrobianos foi verificada pelo método de difusão de discos. Entre os profissionais avaliados, a prevalência de colonização por S. aureus foi de 54.2%. Dos 51 colonizados, foram isoladas 107 cepas, das quais 27(25.2%) foram sensíveis aos 10 antimicrobianos testados: cefoxitina, gentamicina, ciprofloxacina, ampicilina-sulbactam, sulfazotrim, eritromicina, tetraciclina, imipenem, teicoplamina e clindamicina. Os resultados determinaram alta resistência das cepas isoladas: 64.5% à eritromicina e 33.6% à clindamicina, porém em concordância com o que tem sido descrito na literatura. Em relação à cefoxitina, 25(23.4%) cepas apresentaram resistência, sendo estas isoladas de 17(33.3%) dos 51 profissionais colonizados, a maioria auxiliares de enfermagem, o que é preocupante por tratar-se de cepas Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA), tornando os profissionais investigados importantes fontes de infecção para indivíduos susceptíveis. Medidas de vigilância devem ser adotadas visando minimizar a transferência desse microrganismo em Sergipe.