27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2041-1


Poster (Painel)
2041-1Perfil Clonal de Staphylococcus aureus provenientes de detentos de uma penitenciária do município de Avaré/SP
Autores:Souza, C.S.M (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Witzel, C.L (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Faccioli-Martins, P. Y (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Bartolomeu, A. R (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Riboli, D. F. M (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Fortaleza, C.M.C.B (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Cunha, M.L.R.S (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

A propagação de cepas de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) na comunidade carcerária trouxe desafios para a prevenção e terapêutica das infecções causadas por esse patógeno. O objetivo do trabalho foi detectar os isolados resistentes a meticilina, caracterizar o SCCmec e o perfil clonal em 50 isolados de swab nasal de S. aureus obtidos de presidiários do Centro de Ressocialização do município de Avaré/SP. O gene de resistência (mecA) foi detectado através da Polymerase Chain Reaction (PCR) e o SCCmec através da PCR multiplex, o perfil clonal dos isolados MSSA e MRSA foi caracterizado por Pulsed Field Gel Eletrophoresis (PFGE), e a tipagem molecular dos MRSA por Multilocus Sequence Typing (MLST) e spa typing. Apenas dois isolados carreavam o gene mecA e ambos albergavam o SCCmec tipo IV, característico de amostras comunitárias. Na realização da técnica de PFGE dos isolados sensíveis foi possível observar a presença de 4 clusters (A-D), agrupando amostras isoladas de presidiários que realizam trabalhos em conjunto, mesmo alojamento ou provenientes da mesma unidade prisional de origem. Porém, não houve agrupamentos entre os resistentes. Na técnica de MLST ambos isolados resistentes foram identificados como ST5 (CC5), característico da comunidade. Apesar dos isolados resistentes terem apresentado spa type distintos (t002 e t1062), é possível afirmar que são provenientes do mesmo clone já que a diferença entre ambos é apenas a mutação em uma base de um repeat da sequência. A presença de agrupamentos de isolados sensíveis e um único clone originando ambos isolados resistentes demonstram a necessidade de estudos relacionados à colonização nasal de detentos a fim de criar novas estratégias para o controle e prevenção de infecções, uma vez que os detentos partilham objetos pessoais e vivem em ambientes com grande concentração de pessoas, favorecendo a transmissão de S. aureus podendo causar infecções na população carcerária que podem ser disseminadas para a comunidade.