Resumo

INTRODUÇÃO: Visando maior segurança no tratamento empírico de infecções hospitalares para pacientes críticos, analisou-se a resistência/sensibilidade de antimicrobianos frente as E. coli isoladas de infecções hospitalares. MATERIAL E MÉTODOS: 358 culturas bacterianas positivas realizadas no período de abril de 2009 a março de 2011 em um hospital de Campina Grande- PB foram analisadas. As amostras clínicas foram semeadas em Agar EMB, Cled e Agar sangue (Oxoid) e os teste de sensibilidade aos antimicrobianos realizados através da técnica de Kirby & Bauer. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Das culturas positivas, 69 % apresentaram crescimento de enterobactérias. A E.coli,foi a enterobactéria mais prevalente com 38,9% dos isolados, sendo 52,1% provenientes de casos de infecção hospitalar. Destas, 42% das E. coli foram encontradas na UTI, 34% na oncologia, 18% na ala cirúrgica e 6% na pediatria, tendo sido 54% isoladas de infecções urinárias, 30% de feridas cirúrgicas e as demais de outros sítios anatômicos. As E. coli de origem hospitalar apresentaram os seguintes perfis de resistência aos antimicrobianos testados: ampicilina (82%), tetraciclina (78%), sulfazotrim (68%), cefalotina (56%), ciprofloxacin (54%), cefalexina (40%), acido nalidixo (38%), ácido pipemídico (36%), norfloxacin (30%), ofloxacin (32%), amoxacilina+ácido clavulânico (36%) , gentamicina (32%), tobramicina (30%), cefepime (26%), cloranfenicol(24%), ceftriaxona (36%), aztreonam (22%),meropenem (2%), imipenem (0,0%), ceftazidime (24%), cefoxitina (16%), amicacina (6%), nitrofurantoína (0,0%). CONCLUSÃO: Os dados sugerem que as E. coli isoladas apresentaram moderada ou, na sua maioria, elevada resistência aos antimicrobianos mais utilizados no hospital em questão, com exceção do imipenem, meropenem , amicacina e nitrofurantóina, o que torna imprudente o uso de antibióticos em caráter empírico sem a realização prévia de testes de sensibilidade aos antimicrobianos para nortear correta e eficazmente a antibioticoterapia.