27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2020-1


Poster (Painel)
2020-1UTILIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA QUALIDADE MICROBILÓGICA DO LEITE CRU
Autores:Rocha, R. A. R. (UFV - Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba) ; Rocha, L. C. R. (UFV - Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba) ; Santos, L. S. (UFV - Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba) ; Silva, T. L. (UFV - Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba) ; Dores, M. T. (UFV - Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba)

Resumo

A produção leiteira no Brasil tem um grande potencial de desenvolvimento e consolidação como produto de importância na economia nacional. As características da produção leiteira são os principais fatores que impedem um desenvolvimento mais acelerado dessa atividade. O principal parâmetro utilizado para se verificar a qualidade desse produto é o seu perfil microbiológico. Grupos específicos de microrganismos são pesquisados para esse fim, como é o caso de aeróbios mesófilos. Diante do exposto, objetivou-se avaliar as condições higiênico-sanitário na qualidade microbiológica do leite cru de 36 propriedades do município de Rio Paranaíba, MG. Foram realizadas visitas com consequente aplicação de questionários avaliando as condições higiênico-sanitário, além da coleta de amostras de leite para análise de aeróbios mesófilos e células somáticas. Em 78% das propriedades a ordenha é realizada manualmente, observou-se que em nenhuma propriedade há adoção de higiene do úbere das vacas antes da ordenha e que o ambiente possui diversos focos de insalubridades, não atendendo as condições da IN 62 e contribuindo para perda de qualidade do leite. Em apenas 45% das fazendas fazem uso da refrigeração do leite cru em tanques de expansão, que representa uma importante ferramenta na qualidade do leite. O transporte até o laticínio ocorre em caminhões isotérmicos, contribuindo para uma menor perda de temperatura. Os manipuladores apresentavam roupas aparentemente limpas, porém não faziam uso de toucas e máscaras, muitos relataram não higienizar as mãos antes da ordenha ou entre uma ordenha e outra. Para os valores de CCS obteve-se a média de 5,35x106 CCS.mL-1, apresentando-se abaixo dos valores estabelecidos pela IN 62, porém com a mudança da legislação em 2014 as maiorias das propriedades não irão atender a esse padrão de qualidade. Já os valores de CBT apresentou média de 6,51 x106 UFC.mL-1, superior ao preconizada pela legislação, evidenciando que a ausência de Boas Praticas Agropecuárias pode comprometer a qualidade microbiológica do leite cru.