27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1976-2


Poster (Painel)
1976-2Eficácia do óleo essencial de Origanum vulgare L.(orégano) em inibir o crescimento e sobrevivência de cepas de Staphylococcus aureus isoladas de alimentos
Autores:Tavares, A.G. (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Monte, D. F. M. (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Magnani, M. (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Souza, E.L. (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Resumo

O óleo essencial de Origanum vulgare L. (OEOV) tem atraído o interesse da indústria alimentícia por apresentar propriedades antimicrobianas contra um amplo espectro de micro-organismos deteriorantes e patogênicos contaminantes de alimentos, representando uma alternativa aos antimicrobianos sintéticos. Staphylococcus aureus é um importante patógeno de origem alimentar e um dos principais causadores de intoxicação alimentar em todo o mundo. Além disto, este micro-organismo apresenta uma acentuada virulência e grande capacidade de sobrevivência perante agentes antimicrobianos e fatores ambientais adversos, sendo necessária a execução de medidas eficazes para o seu controle em alimentos. Este estudo objetivou avaliar a eficácia do OEOV em inibir duas cepas de S. aureus isoladas de alimentos, bem como a influência de diferentes concentrações do OEOV sobre a cinética de crescimento microbiano. As cepas de S. aureus FRI-S-6 e FRI-196-E utilizadas como micro-organismos teste foram isoladas de alimentos e são produtoras de enterotoxinas. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) do OEOV sobre as cepas de S. aureus FRI-S-6 e FRI-196-E foi determinada através da técnica de macrodiluição em caldo. A cinética de crescimento microbiano em caldo carne adicionado de diferentes concentrações (CIM/4; CIM/2 e CIM) do óleo essencial ao longo de 24 horas foi realizada através do método de contagem do número de células viáveis em Log de Unidades Formadoras de Colônias por mililitro - Log UFC/mL. Sistemas de cultivo das cepas bacterianas sem adição de óleo essencial foram utilizados como experimentos controle. O OEOV apresentou valor de CIM de 0,31µL/mL frente à FRI-S-6 e 0,62µL/mL frente à FRI-196-E. A inibição das cepas de S. aureus ensaiadas foi maior mediante a exposição à CIM do OEOV em relação à CIM/2 e CIM/4, e a estas quando comparados ao experimento controle. O OEOV apresentou destacável efeito inibitório e mesmo em concentrações subletais promoveu a redução da viabilidade celular das cepas de S. aureus testadas, apresentando potencial de uso como conservante natural em alimentos.