27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1970-1


Poster (Painel)
1970-1DIAGNÓSTICO E ISOLAMENTO DE ENTEROBACTÉRIAS E Rotavírus EM Macaco-Prego-Galego (Sapajus flavius)
Autores:LIMA, R.P (UFPB - universidade federal da paraiba) ; XAVIER, F.J.R. (UFPB - universidade federal da paraiba) ; NETO, D.F.L (UFPB - universidade federal da paraiba) ; GUIMARAES, R.A.A (UFPB - universidade federal da paraiba) ; AZEREDO, C.S. (UFPB - universidade federal da paraiba) ; FRANÇA, E. C. S (UFPB - universidade federal da paraiba) ; STIPP, D.T. (UFPB - universidade federal da paraiba)

Resumo

A espécie de macaco-prego-galego (Sapajus flavius) sobrevive apenas em alguns poucos fragmentos de Mata Atlântica dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Da ordem dos Primates, família Cebidae, vivem em grupos formados por vários machos e fêmeas e se alimentam de uma variedade de frutos, insetos e de pequenos animais, gestação de 180 dias com nascimento de apenas um único filhote, com média de vida de 40 anos. Devido à destruição de seu habitat e o número reduzido de animais na natureza, já é considerado um dos mais ameaçados de extinção do mundo. Em 2004, um lote de animais apreendidos no Centro de Proteção de Primatas Brasileiros, em Alagoas, chamou a atenção de dois pesquisadores da Paraíba, animais apreendidos nas matas ciliares e reservas de mata atlântica foram mantidos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/PB), as amostras de fezes foram coletas nos recintos para isolar possíveis enterobactérias através de isolamento bacteriano no Laboratório de Medicina Veterinária Preventiva da UFPB, 11 amostras de fezes foram alicotadas e realizado técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida a 7,5% seguida da coloração pela prata (ss-PAGE) da amostra com resultado negativo para Rotavírus em todas as amostras. Nas 11 amostra de fezes apenas 5 (45%) foram sugestivas para crescimento de enterobacterias. As amostras foram mantidas em caldo BHI, e semeadas em Placas com Agar Levine, tendo 15 colônias isoladas para provas bioquímicos, as colônias foram para análise bioquímica nos meios TSI, Citrato, SIM, VM e VP com identificação de duas Escherichia coli (13%), seis cepas de Salmonella typhi (40%), quatro cepas de Shigella sonnie (26%), três cepas não diferenciadas (21%). Portanto,esses animais possuem susceptibilidade para patógenos zoonóticos e que sua contaminação pode ocorrer em alimentos mal higienizados ou através das mãos de tratadores. Em consequência destas análises, fica evidente um quadro preocupante na reprodução desta espécie em cativeiro, sendo necessário mais estudos que comprovem a real possibilidade de causar diarreia nestes animais por parte destes patógenos identificados.