Resumo

L.alba ocorre em praticamente todas as regiões do Brasil e tem uma grande importância na medicina popular brasileira. Nesse contexto, foi avaliado o potencial antimicrobiano de óleos essenciais ⟨EO⟩; de 6 diferentes acessos de L. alba. Α análise fitoquímica permitiu concluir que os OEs dos seis acessos de L. alba se dividem em 03 quimiotipos: acessos LΑ 10, LΑ 29 e LΑ 44 pertencem ao quimiotipo citral; acesso LΑ 22, quimiotipo linalol; acessos LΑ 13 e LΑ57, quimiotipo limoneno-carvona. Os resultados dos testes de difusão em ágar mostraram que os óleos essenciais foram ativos para diferentes micro-organismos, dentre eles Staphylococcus aureus e Candida albicans, porém os óleos apresentaram uma maior atividade contra fungos, direcionando os demais experimentos para estes. A concentração mínima inibitória variou entre os OEs, com valores entre 0,15 mg⁄ml a 0,62 mg⁄ml. O acessos LΑ 10 e LΑ 13 apresentaram uma maior atividade inibitória para C. neoformans e o acesso LΑ 44 foi mais ativo contra C. albicans ⟨0,15 mg⁄ml⟩;. Para os fungos dermatófitos, o acesso LΑ 29 se destacou por ser o mais ativo. Α avaliação das atividades microbiostática e microbicida dos componentes bioativos mostraram que todos os quimiotipos apresentam efeito microbiocida em suas concentrações mínimas inibitórias. Através da técnica de checkerboard, foi possível observar que, com a utilização concomitante dos OEs com o antifúngico padrão Anfotericina Β, houve uma significativa redução de concentração mínima inibitória mútua de alguns acessos de L. alba para alcançar resultados inibitórios. Assim, pudemos concluir que, os óleos essenciais dos seis acessos de L. alba são potentes pela sua atividade antimicrobiana, e, quando associados a antimicrobianos comerciais, são eficazes no combate a micro-organismos patogênicos em concentrações não tóxicas. Suporte financeiro: CNPq e FAPERJ.