27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1918-2


Poster (Painel)
1918-2Caracterização bioquímica e molecular de uma cepa de Streptococcus iniae isolada de tilápia do Nilo em um surto de mortalidade no norte do Paraná
Autores:Scarpassa, J. A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pretto-Giordano, L. G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Barbosa, A. R. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Hidalgo, B. O (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Crespo, S. E. I. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Bernado, M. Jr. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ribeiro, C. G. G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vilas-Boas, G. F. L. T (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vilas-Boas, L. A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Mundialmente as doenças bacterianas em peixes, principalmente as de origem estreptocócicas, são consideradas um grande problema para a produção. Streptococcus iniae é importante patógeno e relatos de surtos envolvendo essa bactéria estão associados a altas taxas de mortalidade levando a grandes prejuízos econômicos. Esses surtos são bastante comuns em três regiões distintas do mundo: América do Norte, Oriente Médio e Ásia. No Brasil os surtos de mortalidade estão associados a Streptococcus agalactiae sobretudo em criação intensiva de tilápias e pouco se conhece sobre a ocorrência e distribuição de S. iniae . O objetivo deste trabalho foi descrever o isolamento de S. iniae de um surto em uma propriedade de criação intensiva em tanque-rede de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) no norte do Paraná. Rim, encéfalo, fígado e líquido visceral de cinco peixes com sinais de exoftalmia, natação errática e ascite foram colhidos assepticamente e semeados em Agar Columbia com 5% de sangue ovino e incubadas a 30 ºC por 48 horas. Do fígado de um dos peixes cresceram colônias brancas, com hemólise total. Essas colônias foram submetidas à coloração de Gram, prova da catalase, esculina, agrupamento de Lancefield pelo Slidex strepto kit (Biomerrieux) e identificação pelo api Strep(Biomerrieux). O DNA foi extraído para amplificação por PCR com iniciadores específicos para S. iniae. Amostras dos tecidos, também foram utilizadas para extração de DNA pelo método de fenol-clorofórmio com lise enzimática por proteinase K para amplificação com os mesmos iniciadores. As colônias isoladas foram identificadas como cocos gram positivo, catalase e esculina negativas, não agrupada na classificação de Lancifield e não identificada pelo Api Strep. Na PCR das colônias, o amplicon apresentou o tamanho previsto de 590 pb. A partir do DNA dos tecidos de rim, encéfalo,fígado e líquido visceral, do peixe em que houve o isolamento, o amplicon apresentou o mesmo tamanho. Este corresponde ao segundo isolamento do agente no Brasil, indicando a importância do estudo da ocorrência e papel desta bactéria no conjunto das bacterioses em peixes de criação.