27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1918-1


Poster (Painel)
1918-1Ocorrência de Streptococcus agalactiae em tilápia do Nilo no Norte do Paraná por diagnóstico molecular e cultura
Autores:Scarpassa, J. A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pretto-Giordano, L. G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Hidalgo, B. O (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Bernado, M. Jr. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ribeiro, C. G. G (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fazion, F. A. P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Barbosa, A. R. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Crespo, S. E. I. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Cardoso, P.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vilas-Boas, L. A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A piscicultura no Brasil é um dos segmentos da produção animal que mais cresce. A produção de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é uma das principais, sendo produzida em altas densidades de estocagem, consequentemente alta utilização de ração. As características de cultivo favorece a bacterioses como estreptococoses que são caracterizadas por septicemia e meningoencefalite, o que implica no uso indiscriminado de antibacterianos e prejuízos importantes a atividade. Baixa taxa de mortalidade em pisciculturas é um indício da existência de fonte permanente de estreptococos, sendo que o agente mais comum no Brasil é Streptococcus agalactiae. O objetivo foi estudar a ocorrência dessa bactéria por diagnóstico molecular e isolamento de órgãos de tilápia do Nilo cultivadas. Foram coletadas aleatoriamente 40 peixes, provenientes de 4 propriedades diferentes de criação intensiva em tanques-rede no norte do Paraná, no verão de 2013. Dos 40 peixes, foram coletadas 120 amostras de rim, fígado e encéfalo as quais foram semeadas em agar sangue Columbia sangue ovino 5% e incubadas a 30 ºC por 48 horas. Para extração DNA foram utilizadas as mesmas amostras e posterior amplificação por PCR com iniciadores específicos para S. agalactiae. Foram isoladas 17 cepas das quatro propriedades e identificadas como S. agalactiae por testes bioquímicos e molecular. Dos 40 peixes, oito apresentaram isolados de S. agalactiae em pelo menos um órgão. Dos peixes que essa bactéria foi isolada, sete apresentavam sinais clínicos de estreptococose e apenas um não apresentou. Dos demais peixes que não apresentavam sinais clínicos não foi isolado S. agalactiae. Na identificação molecular a partir de DNAs dos tecidos, houve correlação total entre isolamento bacterológico e amplificação positiva pelos iniciadores específicos, permitindo identificação direta da bactéria, indicando a eficiência da técnica para o diagnóstico molecular. Das 120 amostras de órgãos analisadas por PCR, apenas 15 foram negativas para S. agalactiae. O diagnóstico molecular apresentou maior sensibilidade para identificar a bactéria em peixes sem sinais clínicos, indicando uma infecção subclínica por S. agalactiae, onde as tilápias podem ser reservatório dessa bactéria