Resumo

A soja (Glycine max) é uma cultura que apresenta grande requerimento de nutrientes, especialmente de nitrogênio, sendo praticamente todo fornecido pelo processo de fixação biológica de nitrogênio (FBN). É essencial que a planta tenha a quantidade e a massa de nódulos suficientes para atingir a máxima FBN, cujos limites ideais variam entre 15 a 30 nódulos por planta, com massa entre 100 a 200 mg. Sendo assim, para maximizar a sobrevivência das rizobactérias nas sementes tem sido utilizado o aditivo celular, o qual proporciona um efeito osmoprotetor e antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo das membranas celulares. Desse modo, este estudo propôs avaliar a eficiência do uso do aditivo celular e estirpes de rizóbio no desenvolvimento da cultura da soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sob delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e uma cultivar de soja (Monsoy 8866), em esquema fatorial 5x2, sendo cinco tratamentos de sementes (duas estirpes de rizóbio (C15 e RZ23), pertencentes à coleção de cultura da UFMT, um inoculante comercial, na proporção de 150 mL para 50 kg de sementes), duas testemunhas (com e sem aplicação de nitrogênio) e a presença ou ausência do aditivo celular. A aplicação do aditivo seguiu a recomendação do fabricante (50 mL para cada 50 kg de sementes). Foram plantadas dez sementes por vaso com capacidade para 8 dm³ de solo, deixando após o desbaste três plantas. Para avaliar a nodulação, as raízes foram lavadas e secas, os nódulos foram destacados, contados e pesados. Os dados foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi observado que os resultados da aplicação do aditivo celular variaram de acordo com as estirpes inoculadas, com maiores incrementos de nodulação nas plantas inoculadas com a estirpe C15, aumentando em 57% o número de nódulos nessas plantas. A massa seca de nódulos apresentou o mesmo comportamento na presença do aditivo, aumentando em 0,79 g vaso^-1 em relação aos tratamentos sem aditivo celular. Conclui-se, portanto, que a presença do aditivo celular proporcionou ganhos no número e massa de nódulos nas condições testadas.