27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1880-1


Poster (Painel)
1880-1Investigação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais sobre cepas padrão: bactérias e leveduras
Autores:Ferreira, M.C.C. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Alvarenga, M.S. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Dornelas, M.M. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Lemes, R.M.L. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS)

Resumo

Objetivamos investigar a atividade de óleos essenciais sobre cepas padrão de leveduras e bactérias. Foram utilizadas neste estudo oito amostras de micro-organismos padrão: P.mirabilis ATCC 25933, T.asahii CBS 2479, B.cereus ATCC 11778, G.candidum NRRL-Y 552, M. luteus ATCC 10240, S. aureus ATCC 6538, S.typhimurium ATCC 14028 e C.albicans ATCC 10231. Os óleos essenciais de Ocimum basilicum L. e Origanum vulgare, Citrus aurantifolia, Myristica fragrans Houtt., Mentha piperita e Eucalyptus globulus, foram obtidos de Ferquima Ind. Com. Ltda.. A solução-mãe foi diluída em DMSO na concentração de 4mg/mL para posterior diluições seriadas em caldo RPMI-1640 até concentrações finais de 1.0 a 0.0156 mg/mL. Utilizou-se o método de microdiluição em caldo (CLSI, 2005) para o teste de Concentração Inibitória Mínima (CIM). As placas foram incubadas a 350C por até 48 horas. A CIM foi definida como a menor concentração que inibiu a turbidez visível a olho nu. A menor CIM de Citrus aurantifolia foi 0.25 (24H em P.mirabilis e S. aureus) e a maior 1.0 (48H em T. asahii, G.candidum e S. aureus) e 0.5 para as demais cepas; Myristica fragrans Houtt. variou de 0.25 em 24H (P.mirabilis e S.typhimurium) a 1.0 em 48H (T.asahii e G. candidum) com 0.5 para os demais; Ocimum basilicum CIM de 0.125 (P.mirabilis) a 1.0 (G.candidum, M.luteus, S.aureus e S.typhimurium) e 0.5 para os outros; Origanum vulgare CIM de 0.125 (B.cereus e G.candidum) a 0.25 (todos os outros agentes microbianos); Mentha piperita CIM de 0.125 (C. albicans) a 1.0 (T. asahii e G. candidum), mas com 0.25 para S. aureus e S.typhimurium e 0.5 para as demais; Eucalyptus globulus 0.25 (S.typhimurium) a 0.5 para todas as outras amostras. Os parâmetros utilizados para interpretação dos resultados foram os propostos por Aligiannis et al. (2001): forte inibidor (até 0.5 mg/mL−1), moderado (entre 0.6 e 1.5 mg/mL−1) e fraco (acima de 1.6 mg/mL−1). Myristica fragrans Houtt., Origanum vulgare, Mentha piperita e Eucalyptus globulus foram igualmente ativos contra S.typhimurium (0.25); Origanum vulgare e Mentha piperita os melhores em S. aureus (0.25); Origanum vulgare para M.luteus e T.asahii (0.25), B.cereus e G.candidum (0.125); Ocimum basilicum em P.mirabilis (0.125) e Mentha piperita em C. albicans (0.125). Concluímos que Eucalyptus globulus e Origanum vulgare foram os mais ativos por apresentarem atividade em 100% das cepas analisadas, enquanto Ocimum basilicum foi o menos ativo atuando apenas sobre 50% das amostras.