27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1865-1


Poster (Painel)
1865-1Atividade larvicida fungos endofíticos isolados de soja contra larvas de Aedes aegypti L.
Autores:Bernardi-Wenzel, J. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Souza, A.M.T.P. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Pozza Júnior, M.C. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Moresco, A.A.A. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Moresco, G. (UNIPAR - Universidade Paranaense)

Resumo

Introdução: a dengue, transmitida por Aedes aegypti, se tornou um problema de saúde pública no Brasil, sendo que as larvas deste mosquito apresentam-se cada vez mais resistentes. Neste contexto buscam-se novas alternativas de controle, entre as quais estão os fungos endofíticos conhecidos pela capacidade de produção de metabólitos secundários com atividade antimicrobiana, enzimática, podendo produzir compostos que apresentem atividade larvicida. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade larvicida de extratos obtidos de fungos endofíticos isolados de soja (Glycine max L. (Merril)) contra larvas de Aedes aegypti . Material e métodos: Para os ensaios de atividade larvicida foram testados oito fungos endofíticos isolados de soja Nigrospora (C7), não identificado (C12), Scopulariopsis (C13), Aspergillus (C14, C15 e C32), Leptosphaerulina (C20), Penicillium (C24). Foi obtido meio fermentado dos fungos endofíticos, incubando-os em meio BD a 25°C por nove dias a 160 rpm. O meio fermentado foi coletado e centrifugado e o sobrenadante reservado para os testes. Em copos de plástico descartáveis (50 mL) foram adicionados 30 mL do meio fermentado de cada fungo endofítico e distribuíram-se 25 larvas em cada copo, com quatro repetições, totalizando 100 larvas por tratamento. Como controle utilizou-se somente o meio BD. As larvas de 3º ínstar foram coletadas e selecionadas de ambientes em que estavam se desenvolvendo naturalmente. Após 24h de exposição das larvas nos tratamentos, o número de larvas mortas foi registrado sendo consideradas mortas aquelas que não apresentavam movimento ou não respondiam aos estímulos com pipeta Pasteur. Discussão dos resultados: Após 24 h pode-se observar mortalidade de 47,5% de larvas em contato com o meio fermentado do isolado C12, 12% no isolado C32, 5% nos isolados C15 e C20, 2,5% nos isolados C7, C14 e C24 e nenhuma morta com utilização do extrato do fungo endofítico C13. Estudos de controle de insetos são realizados em sua maioria com plantas, nos quais estes extratos já se mostraram eficientes em matar larvas de diferentes gêneros de mosquitos vetores de doenças, inclusive do gênero Aedes, porém com endofíticos, só foi comprovada a capacidade de isolados no combate a larvas de mosquitos do gênero Anopheles, vetor da malária. Conclusão: Alguns extratos de fungos endofíticos isolados de soja possuem capacidade larvicida contra larvas de Aedes aegypti L., podendo ser utilizados como alternativa para o controle deste mosquito.