27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1862-1


Poster (Painel)
1862-1AVALIAÇÃO in vitro DE BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS ISOLADAS DE Sapindus saponaria L. (SAPINDACEAE) NO CONTROLE DO FITOPATÓGENO Sclerotinia sclerotiorum.
Autores:GARCIA,A. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; RHODEN, S.A. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; POLLI, A. D. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; SANTOS, C. M. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; POLONIO, J.C. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; AZEVEDO, J.L. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; PAMPHILE, J.A. (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

Endófitos ou endofíticos são microrganismos que habitam o interior dos tecidos vegetais sem causar danos ao seu hospedeiro, ao contrário vivem em equilíbrio dentro da planta, podendo colonizar o mesmo nicho dos fitopatógenos e, também, proporcionar proteção para a planta. Endófitos são bastante estudados como produtores de diversas substâncias de interesse biotecnológico. Sapindus saponaria L., pertence à família Sapindaceae, é uma árvore conhecida popularmente como sabão-de-soldado, saboeiro entre outros. Na medicina popular, a casca, a raiz e o fruto são utilizados como calmante, adstringente, diurético, expectorante, tônico, depurativo do sangue e contra a tosse. O extrato das folhas apresenta propriedades neutralizadoras de hemorragia. Os extratos do fruto apresentaram atividade antifúngica e larvicida. Microrganismos endofíticos de plantas medicinais ou com propriedades terapêuticas estão sendo cada vez mais estudados a partir de pressupostos de sua interação com a planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antagonística in vitro de cinco linhagens de bactérias endofíticas isoladas de folhas S. saponaria contra o fungo fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum. Para realização do teste, um disco de 6mm do fitopatógeno foi inoculado no centro da placa de Petri contendo meio BDA. Após o crescimento das bactérias endofíticas em meio LB (Luria-Bertani), foi realizado uma estria em cada lado da placa a uma distância de dois centímetros da borda, sendo o diâmetro total da placa de 9 cm. No controle foi inoculado somente o fitopatógeno. O índice de inibição da bactéria endofítica foi avaliado, utilizando o programa imageJ 1.46r, pela aferição de área do fitopatógeno em comparação com a área do controle, de acordo com a fórmula: Im = 100 - (MT/MC)x100, onde Im= Índice de inibição em porcentagem do crescimento micelial, MT=Média da área da triplicata aferida para o tratamento em cm2, e MC= Média da área da triplicata aferida para o controle em cm2. Os Im’s foram de: 6,2% (isol. 54), 2% (isol. 56), 4% (isol. 63) e 64,1% (isol. 93). Estes estudos iniciais demonstram que, das bactérias endofíticas avaliadas, o isolado 93 apresentou um alto índice de inibição, sugerindo assim esses isolados podem ser promissores no controle de S. sclerotiorum. Futuros estudos são necessários para evidenciar o real potencial no controle deste fitopatógeno e uma possível forma de aplicação.