27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1854-1


Poster (Painel)
1854-1DETECÇÃO DO GENE blaKPC EM AMOSTRAS DE Morganella morganii E Serratia marcescens
Autores:Monteiro, J. (AFIP - Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa) ; Tieppo C. (AFIP - Associação Fundo de Incentivo à PesquisaABCG - Associação Beneficente Santa Casa - Campo Grande) ; Volpe-Chaves, C.E. (ABCG - Associação Beneficente Santa Casa - Campo Grande) ; Werneck, J.S. (AFIP - Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa) ; Tufik, S. (AFIP - Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa)

Resumo

Introdução: Na última década, a emergência e disseminação de Enterobactérias produtoras de β-lactamases das classes A, B e D que degradam os carbapenems tem representado um grave problema, especialmente, em ambientes hospitalares, visto que os genes que codificam estas enzimas estão frequentemente localizados em elementos genéticos moveis, facilitando a resistência entre diferentes espécies bacterianas. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de carbapenemases em amostras de Morganella morganii e Serratia marcescens com sensibilidade reduzida aos carbapenems. Material e Método: As amostras bacterianas foram isoladas da urocultura de dois pacientes atendidos em hospitais da rede pública de saúde das cidades de Campo Grande e São Paulo no período de Janeiro e Fevereiro de 2013. A identificação bacteriana foi realizada por espectrometria de massa (Vitek-MS, bioMerieux) e o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foram determinados utilizando o Sistema Vitek 2 (bioMerieux). Adicionalmente, foram realizados E-test para a pesquisa de ESβL e teste de Hodge modificado (THM), seguindo as recomendações do CLSI. A pesquisa dos genes blaKPC, blaNDM, blaIMP, blaVIM e blaOXA-48 foram determinadas pela PCR utilizando primers específicos para cada gene. Resultados: As amostras foram identificadas como: M. morganii (n=1) e S. marcescens (n=1). A cepa de M. morganii apresentou as seguintes concentrações inibitórias mínimas (CIM): CIMs; ≥ 64µg/mL para cefalotina e cefuroxima, CIM; ≤ 1µg/mL para ceftriaxona, cefepima, CIM; ≤ 0.5µg/mL para ertapenem e 4µg/mL para meropenem. A cepa de S. marcescens apresentou CIMs; ≥ 64µg/mL para as cefalosporinas de 2ª e 3ª gerações e CIMs; ≥ 4 µg/mL para ertapenem e meropenem. Ambas as cepas foram positivas tanto para o THM, quanto para a produção de ESβL. A PCR foi positiva para o gene blaKPC e negativa para as demais carbapenemases. Conclusões: Como foi observado na cepa de M. morganii, uma das dificuldades em lidar com bactérias portadoras de KPC é que, em determinados casos, não há resistência plena aos carbapenems e com isso, a detecção desses genes se tornou essencial para o sucesso terapêutico. Embora, já tenha sido relatada a emergência desse tipo de carbapenemase e a sua disseminação entre diferentes espécies de enterobactérias no Brasil, este foi até o momento o primeiro relato do gene blaKPC numa cepa de M. morganii.