27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1852-1


Poster (Painel)
1852-1PRODUÇÃO DE FITASE POR LINHAGENS DE Penicillium sp.
Autores:Gomides, S.C. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Oliveira, J.S. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Oliveira, D.O (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Naves, L.P. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Galdino, A.S. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Granjeiro, P.A. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Silva, J.A. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LIndu) ; Lima, W. J. N. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Gonçalves, D.B. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei - CCO Dona LInduUFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

A maioria dos vegetais como legumes e grãos de cereais, apresenta ácido fítico (ácido mio-inositol 1,2,3,4,5,6 haxafosfórico ou fitato) em sua composição. Aproximadamente 80% do fósforo mineral estão armazenados nesta forma. Animais monogástricos não conseguem degradar o fitato presente nesses alimentos, devido à inexistência de uma enzima específica nesses organismos, a fitase, capaz de hidrolisar o ácido fítico em inositol fosfato orgânico. O objetivo deste trabalho é o estudo da produção de fitase por fungos do gênero Penicillium, tendo em vista que estes têm sido considerados detentores de robustos sistemas de secreção de proteínas. As seguintes linhagens foram avaliadas quanto à atividade de fitase: Penicillium italicum, P. camembertii AT4461, P.charlessi AT4752, P.roquefort AT0062, P. citrinium CCT3281, P. janthinelum CCT3162, P. camembertii AT4461, P.crustossum AT4034 e P.chrysogenum PC2006. A atividade de fitase foi avaliada, após o cultivo em meio de indução contendo glicose e farelo de arroz, em presença de fitato de sódio, utilizando-se método colorimétrico. Uma unidade (U) de atividade de fitase foi definida como a quantidade de enzima necessária para liberar 1µmol de fosfato inorgânico a partir de ácido fítico por min. Após 48 horas de cultivo, a atividade de fitase em meio contendo glicose e farelo de arroz foi detectada no sobrenadante de todas as linhagens, chegando a 0,7U/ml de sobrenadante. Somente P.crustossum (AT4034) não apresentou atividade de fitase. Os resultados indicam um potencial biotecnológico relacionado a utilização de fungos do gênero Penicillium para a produção de fitases, contribuindo para expectativas de uma produção nacional dessa enzima, que já é utilizada comercialmente para a redução de fatores anti-nutricionais e, também diminuição da excreção em excesso de nutrientes que geram poluição ambiental.