27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1849-2


Poster (Painel)
1849-2Avaliação da Qualidade Microbiológica de águas minerais naturais comercializadas no Estado do Rio de Janeiro
Autores:Brandão, M.L.L. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz) ; Pedrosa, A.P. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz) ; Bricio, S.M.L. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz) ; Rosas, C.O. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz) ; Medeiros, V.M. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz) ; Dias, M.T. (PESAGRO-RIO - Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro) ; Almeida, A.E.C.C. (INCQS/FIOCRUZ - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz)

Resumo

A água mineral vem merecendo maior e especial atenção da sociedade, não só pelo reconhecimento de sua qualidade, mas também por constituir uma opção ao uso de água natural com a vantagem de poder ser consumida sem qualquer tratamento químico e por seus reconhecidos benefícios à saúde humana. Existe a percepção de que o consumo de água mineral natural representa um estilo saudável de vida e que estes produtos são relativamente seguros. Entretanto, as ocorrências de distúrbios gastrintestinais seguidas ao consumo destas águas têm focado ao estudo de sua microbiologia. As águas minerais naturais não devem apresentar risco à saúde do consumidor. Em 2005, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a RDC nº 275 que determina as características microbiológicas para água mineral natural e água natural. Este regulamento prevê para amostras indicativas, a ausência de Escherichia coli ou coliformes termotolerantes e o limite de <1,0 UFC/100 mL ou <1,1 NMP/100 mL para coliformes totais, enterococos, Pseudomonas aeruginosa e clostrídios sulfito redutores. O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a qualidade microbiológica das águas minerais naturais comercializadas no estado do Rio de Janeiro. Foram analisadas 45 amostras de águas minerais naturais envasadas em garrafões de 20 litros. A pesquisa de coliformes totais e termotolerantes e o Número Mais Provável (NMP) de enterococos e P. aeruginosa foram realizados de acordo com as técnicas descritas no Standard Methods for Examination of Water and Wasterwater e a pesquisa de clostrídio sulfito redutores de acordo com a norma ISO 6461/1-1986. Das 45 amostras analisadas, 14 (31,1%) apresentaram qualidade microbiológica insatisfatória segundo os critérios da RDC nº 275/05. Quatro amostras (8,9%) apresentaram coliformes totais e 13 amostras (28,9%) apresentaram contagem acima do limite especificado para P. aeruginosa. A contaminação por P. aeruginosa em garrafões de 20 L ocorre pela má higienização dos mesmos que podem ser reutilizados por até três anos. Sem a correta higienização, o biofilme formado por P. aeruginosa permanece no interior do garrafão, contaminando assim a água que será envasada. Desta maneira, é necessário ter maior atenção nas boas práticas de fabricação de forma a diminuir a contaminação por micro-organismos garantindo produtos seguros ao consumidor.