27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1846-1


Poster (Painel)
1846-1Crescimento celular de Pachysolen tannophilus em fermentações com diferentes variáveis
Autores:Silva, C.D.S.R. (IBILCE - UNESP - Instituto de biociências, letras e ciências exatas - Unesp) ; Garcia-Cruz, C.H. (IBILCE - UNESP - Instituto de biociências, letras e ciências exatas - Unesp)

Resumo

A levedura Pachysolen tannophilus é uma das melhores produtoras de etanol a partir de D-xilose. Ela também produz bem em algumas misturas de pentoses e hexoses. No entanto, várias das suas propriedades necessitam ser conhecidas antes que ela possa ser utilizada para fins industriais. Visando maior rendimento da levedura na fermentação alcoólica, o objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento celular da levedura durante a produção de etanol a partir de ensaios realizados com diferentes variáveis. A levedura Pachysolen tannophilus CCT1891 foi adquirida da Coleção de Culturas Tropical (CCT) da Fundação André Tosello. A linhagem da levedura foi mantida em geladeira a 4°C, após o crescimento em estufa a 28°C por 48 horas em meio composto por: 3g/L de malte, 10g/L de dextrose, 3g/L de extrato de levedura e 5g/L de peptona, 20g/L de ágar em pH 5,0. O meio sintético para a fermentação (g/L) foi: glicose 20,0; extrato de levedura 5,0; KH2PO4 1,0; (NH4)2SO4 1,0 e MgSO4.7H2O 1,0. O pH inicial do meio de crescimento foi ajustado para 4,5; 5,5 e 6,5 com NaOH e HCL. O inoculo foi padronizado e as fermentações descontínuas foram realizadas em agitador orbital (Shaker) com temperatura controlada a 25, 30 e 35°C por 24, 48 e 72 horas; com três tipos de agitação: agitação manual durante 5 min. por dia, agitação de 150 rpm nas primeiras 24 horas seguida de fermentação estática até 48 horas e agitação constante de 150 rpm. Para obter os valores de crescimento foram realizadas leituras de absorbância no espectrofotômetro e a concentração do etanol foi determinada pelo método do dicromato de potássio, descrito por Kaye e Haag (1954). O crescimento da levedura durante os ensaios de fermentação foram inversamente proporcionais à produção de etanol, quer dizer 0,01 g/mL de peso celular seco produziu 21,8 mg/mL de etanol que foi a maior produção deste experimento, enquanto que a menor produção de etanol de 4,4 mg/mL apresentou o maior crescimento de 0,07 g/mL. Os resultados evidenciam que quanto maior a produção de etanol menor será o crescimento celular. Isto, provavelmente se deve a que a levedura direciona seu metabolismo para a produção de etanol em detrimento da formação de biomassa. Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa fornecida.