27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1827-2


Poster (Painel)
1827-2RESISTÊNCIA DE Escherichia coli E Staphylococcus aureus À ÓLEOS ESSENCIAIS DE AGENTES DESINFETANTES
Autores:MIRANDA, J. C. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; DE CARLI, S. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; MENEZES, H. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

A Escherichia coli e Staphylococcus aureus são microrganismos patogênicos encontrados em diversos ambientes e que podem causar diferentes patologias. Óleos essenciais de plantas são usados como princípio ativo de produtos desinfetantes de equipamentos e outros materiais, mas sabe-se que estes compostos secundários apresentam variações em sua quantidade e qualidade quando a planta que o origina é exposta a sazonalidade. Este trabalho objetivou determinar a sensibilidade da E. coli e S. aureus a sazonalidade dos óleos essenciais de eucalipto (Eucalyptus citriodora) e hortelã (Mentha spp). As amostras das plantas foram colhidas no início da manhã, tarde e noite durante o inverno e verão e os óleos essenciais foram extraídos por meio da técnica de arraste a vapor. Suspensões das bactérias ajustadas para 0,5 na escala de McFarland foram preparadas e usadas como inoculo, as bactérias foram espalhadas na superfície de placas de Petri contendo ágar Mueller-Hinton, que apresentavam orifícios de 5mm de diâmetro e 4mm de profundidade, onde foram colocados os óleos essenciais nos volumes de 10μL. As placas foram incubadas a 37•C por 24 horas e após esse período, foi verificada a presença de halos ao redor dos orifícios que foram medidos com auxílio de um paquímetro. A bactéria E. coli se mostrou sensível ao óleo essencial extraído das amostras de eucalipto coletadas no inverno, entretanto houve variação significante no diâmetro dos halos formados entre as amostras coletadas no início da manha, tarde e noite, os valores obtidos foram de 19mm, 22mm e 17mm, respectivamente. Quanto ao óleo essencial de hortelã, a E. coli apresentou sensibilidade para as amostras coletadas no início da tarde, halo de 20mm, para as amostras obtidas no início da manhã e noite, apresentou sensibilidade intermediária com formação de halos de 13 a 14mm. S. aureus se mostrou sensível aos óleos essenciais de ambas as plantas e de todas as amostras coletadas no período de inverno, os halos variaram de 19 a 22mm. Quanto ao período de verão, ambas as bactérias apresentaram sensibilidade intermediária ao óleo essencial de hortelã das amostras coletadas no início da manhã (halo de 13mm) e se mostraram resistentes as amostras coletadas nos demais períodos, halo de 10 a 12mm para S. aureus e de 12 a 13mm para E. coli. Quanto ao óleo de eucalipto, ambas as bactérias se mostraram sensíveis as amostras coletadas no início da manhã e tarde, mas apresentaram sensibilidade intermediária as amostras coletadas no início da noite. Os resultados mostram que estes microrganismos podem resistir à desinfecção feita com determinados produtos, resultados que devem ser levados em consideração quanto a eficácia da desinfecção de ambientes hospitalares, onde a assepsia não pode ser ineficiente.