27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1816-2


Poster (Painel)
1816-2ESTUDO COMPARATIVO DA COLONIZAÇÃO POR Staphylococcus aureus EM DIFERENTES SÍTIOS ORAIS DE PACIENTES PEDIÁTRICOS INFECTADOS PELO HIV
Autores:Souza, S. M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Abreu, T. F (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ferreira, D.C (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Cavalcante F. S (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Santos, K. R. N (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Rubini. N (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

Indivíduos infectados pelo HIV estão entre os grupos classificados de alto risco para o desenvolvimento de infecções por S. aureus. Essas cepas são, normalmente, resistentes à meticilina, apresentam o SCCmec do tipo IV, carreiam os genes que codificam a PVL e são de origem comunitária. Alguns estudos apontam que a maior prevalência de colonização nasal em indivíduos infectados pelo vírus seria fator de risco para infecções por S. aureus, além de existirem outros fatores de risco associados, como visitas freqüentes às unidades de saúde e internação. O objetivo deste estudo foi detectar S. aureus em narina anterior, orofaringe e saliva de pacientes pediátricos e adolescentes infectados pelo HIV atendidos em um ambulatório de um hospital universitário do Rio de Janeiro e em narina anterior de seus respectivos contactantes. A caracterização das estirpes foi realizada após cultivo dos espécimes em ágar manitol salgado, seguido dos testes de Gram, catalase, coagulase e susceptibilidade à bacitracina, cefoxitina, sufametoxazol-trimetoprima e mupirocina. A determinação do SCCmec em amostras MRSA foi realizada pela PCR multiplex. Entre 30 pacientes e 29 contactantes investigados de março a maio/2013, 16 (53,3%) pacientes e nove (31,3%) contactantes estavam colonizados por S. aureus. Dos 16 pacientes, nove apresentaram colonização por S. aureus em mais de um sítio, sendo os mais frequentes nasal e saliva (6 pacientes). Cinco amostras de S. aureus foram identificadas como MRSA, sendo uma amostra isolada de um contactante, duas isoladas de narina de dois pacientes diferentes e outras duas isoladas de um mesmo paciente (narina e saliva). Para o contactante positivo para MRSA o paciente relacionado foi negativo para o patógeno. A tipagem do SCCmec demonstrou que todas as cinco amostras MRSA eram carreadoras do SCCmec tipo IV. Entre as cinco amostras MRSA, três foram positivas para PVL. Duas amostras de S. aureus sensível apresentaram os genes da PVL. O estudo comprova a alta taxa de colonização por amostras de S. aureus e a presença de amostras MRSA comunitárias em pacientes infectados pelo HIV.