27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1800-1


Poster (Painel)
1800-1Perfil de virulência de MRSA isolados de pacientes da Atenção Básica.
Autores:Franchi, E.P.L.P. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Barreira, M.R.N. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Costa, N.S.L.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Martins, K.B. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Cunha, M.L.R.S. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

Introdução: Staphylococcus aureus codifica inúmeros fatores de virulência que determinam a gravidade de uma infecção. Diante disso e da grande importância desse patógeno como principal agente infeccioso de feridas crônicas, como úlceras venosas, pé diabéticos, entre outros, este estudo identificou a presença de genes de virulência em isolados de feridas de pacientes atendidos nas unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade de Botucatu. Materiais e métodos: As amostras foram coletadas em dois períodos: março de 2010 à fevereiro de 2011 e maio de 2012 a abril de 2013. Foram incluídos nesse estudo todos os pacientes com feridas, de etiologias distintas e que realizasse os curativos em uma UBS da cidade. Foram excluídos aqueles pacientes com internação hospitalar ou que realizaram qualquer procedimento invasivo a menos de um ano. A coleta foi realizada por swab. Foi realizada a identificação da espécie S. aureus, e identificação dos genes de virulência por Reação em cadeia da Polimerase (PCR) convencional e em tempo real. Foi realizada a identificação dos genes codificadores de enterotoxinas (sea, seb, sec, sed e see), toxina 1 da síndrome do choque tóxico (tst) biofilme (icaA, icaD e bap), hemolisinas (hla, hlb e hld), esfoliativas (eta, etb e etd) e Leucocidina Panton-Valentine (pvl). Resultados: Os pacientes caracterizaram-se, em sua maioria, por idosos, aposentados, com baixa escolaridade, apresentando feridas crônicas. De um total de 171 pacientes, 84(49,2%) foram positivos para a espécie S. aureus. Em todos os isolados de S. aureus estudados foi identificado ao menos um gene de virulência, indicando 40(47,6%) pacientes com amostra positiva para sea, 11(13%) para seb, 20(23,8%) para sec, 2(2,3%) para sed e nenhuma para see. Houve 6(7,2%) isolados positivos para o gene tst e 2 (2,3%) para pvl. 72(85%) com o gene hla, 54(64,3%) com hlb e 75 (89%) com hld. Apenas 1(1%) amostras com eta e nenhuma com etb e etd. 100% de positividade para o gene icaA, 79 (94%) para icaD e nenhum com o gene bap. Discussão: Os resultados demonstram que os S. aureus presentes nas feridas dos pacientes atendidos pela atenção básica do município de Botucatu, possuem um elevado potencial de virulência.