27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1796-1


Poster (Painel)
1796-1Acervos de fungos marinhos e antárticos da Central de Recursos Microbianos da UNESP (CRM-UNESP)
Autores:SANTOS, J.A (UNESP - Universidade Estadual Paulista " Julio Mesquita Filho) ; OSTI, J.F (UNESP - Universidade Estadual Paulista " Julio Mesquita Filho) ; Sette, L.D (UNESP - Universidade Estadual Paulista " Julio Mesquita FilhoCPQBA/UNICAMP - Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e)

Resumo

A Central de Recursos Microbianos da UNESP (CRM-UNESP), alocada no Instituto de Biociências do campus Rio Claro possui um acervo direcionado para linhagens microbianas de aplicação biotecnológica, educacional, taxonômica (linhagens de referência e linhagens tipo) que contêm micro-organismos restritos aos grupos de risco 1 e 2 (de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde – OMS), incluindo principalmente fungos filamentosos e leveduras. Frente à relevante atuação das coleções de culturas na conservação ex situ, fornecimento e exploração tecnológica da diversidade microbiana, o presente trabalho tem como objetivo a reorganização dos acervos de fungos filamentosos derivados de ambientes marinhos e antárticos por meio da reativação visando verificação de viabilidade e pureza, estruturação de um banco de imagens dos fungos puros e viáveis e a preservação de novos lotes por dois métodos distintos (criopreservação a -80 oC e Castellani). Para tanto, cerca de 900 fungos marinhos oriundos da costa brasileira e 185 fungos isolados de ambientes antárticos (marinho e terrestre) estão sendo cultivados no mesmo meio de cultura utilizado no isolamento, avaliados quanto à viabilidade e pureza (análises macro e micromorfológicas), cortados em cubos contendo ágar e micélio e adicionados em novos criotubos com glicerol 10% para criopreservação e agua destilada esterilizada para o Castellani. Até o presente momento foram realizadas as preservações por ambos os métodos de 180 fungos filamentosos derivados de ambientes marinhos da costa brasileira, e 155 fungos da Antártica, todos fotografados e com as características macromorfológicas descritas. Dentre os fungos do continente antártico 30 foram considerados inviáveis para preservação, e estão passando por um processo criterioso de purificação. Cabe ressaltar que os micro-organismos são suscetíveis à contaminação e inativação por preservação inadequada, devendo assim ser estabelecido o melhor método de preservação e um limite de tempo para renovação total do acervo, a fim de assegurar a viabilidade celular e pureza de todos isolados. Os acervos estudados estão sendo utilizados em diversos trabalhos científicos e após a reorganização uma cópia dos acervos será enviada para a Coleção Brasileira de Micro-organismos de Ambiente e Indústria (CBMAI) do CPQBA/UNICAMP onde grande parte dos fungos filamentosos marinhos e da Antártica foram isolados (no âmbito dos Projetos Fapesp 2005/51213-8, Fapesp , 2005/60175-2, Fapesp 2010/50190-2 e no âmbito do Programa Antártico Brasileiro – PROANTAR do CNPq).