27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1795-1


Poster (Painel)
1795-1ANÁLISE PROSPECTIVA DE ISOLADOS PRODUTORES DE KPC NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
Autores:Seibert, G. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Horner, R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Santos, S.O. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Meneghetti, B. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Salla, A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Comiz, T. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

Introdução: Atualmente a Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC) constitui um patógeno de isolamento crescente nos nosocômios do mundo inteiro. Objetivo: Analisar a prevalência de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC) e o perfil dos pacientes colonizados/infectados por essa bactéria no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Métodos: Em fevereiro de 2013 foi identificada a primeira KPC no HUSM. À partir de março deste ano iniciamos este estudo prospectivo selecionando todas as amostras identificadas como KPC pelo Laboratório de Microbiologia desta Instituição, através de metodologia fenotípica automatizada (Vitek 2® – bioMérieux) e ou manual. Resultados e Discussão: No período analisado foram identificados 8 isolados produtores de KPC, dos quais K. pneumoniae foi o prevalente (4/8 -50%), seguido de Klebisiella oxytoca (2/8 -25%) e Enterobacter cloacae (2/8 -25%). Em relação ao sexo, houve predomínio no masculino (6/8 - 75%). O maior isolamento foi nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs): Recém-Nascido (1/8 -12,5%); Pediátrica (1/8 -12,5%); Adulto (2/8 -25%) e Unidade Coronariana intensiva (UCI - 1/8 12,5%). As faixas etárias de isolamento foram de 0-10 anos 2/8 (25%), 11-60 anos no qual encontramos 3/8 (37,5%) e ≥ 60 anos 3/8 (37,5%). Na literatura é evidenciado que infecções por KPCs acometem principalmente pacientes graves, idosos, internados em UTIs e com períodos de internação prolongada. A identificação da resistência aos carbapenêmicos ocorreu em 8/8 (100%) pelo antimicrobiano ertapenem, em 6/8 (75%) pelo meropenem e em 5/7 (71,4%) pelo imipenem, pois em um dos isolados não foi testado para este antimicrobiano. Os isolados analisados apresentaram-se 75% sensíveis a amicacina, seguido de 50% sensíveis a gentamicina, dados que concordam com outros estudos em que a associação de aminoglicosídios, polimixina B e carbapenêmicos quando sensíveis são as melhores opções terapêuticas. Dois dos pacientes em que foi identificado o microrganismo produtor de KPC evoluíram à óbito. Conclusão: Os resultados encontrados sinalizam o alerta para as equipes assistenciais e de prevenção e controle de infecções hospitalares para a implementação de rotinas de detecção e prevenção da disseminação de KPC entre os pacientes internados no HUSM.