Resumo

O Córrego Curral de Arame se localiza no Município de Dourados - MS, nascendo na Mata do Azulão, um fragmento de preservação localizado na propriedade rural “Fazenda Coqueiro”. Este tem grande importância para Município, pois abastece criadouros de animais, irriga lavouras e colabora com outras práticas econômicas. No percorrer do córrego, notamos a implantação de culturas em suas encostas, como a de cana de açúcar, milho, soja entre outras que interferem no seu curso até desaguar no Rio Dourados. Portanto objetivamos avaliar a qualidade microbiológica da água do Córrego por meio de análises de coliformes totais, coliformes a 45ºC, Salmonella spp. e Pseudomonas spp. de acordo com a resolução do CONAMA 357/2005. A coleta foi realizada em Março de 2013 em três pontos distintos no córrego. Coletou-se água deste a uma profundidade de 20 cm em frascos esterilizados de 250 mL. Em todos os pontos foram pesquisadas a presença de Salmonella spp., Pseudomonas spp., coliformes totais e coliformes a 45°C. As análises microbiológicas foram realizadas de acordo com American Public Health Association (APHA). Não obtivemos o isolamento da Salmonella spp. neste estudo, porém a Pseudomonas spp. foi isolada em todos os pontos amostrados. Para coliformes totais o valor máximo encontrado foi de 43 NMP/mL no ponto 3, e para coliformes a 45°C o valor máximo foi de 23 NMP/mL no ponto 1. Segundo o CONAMA 357/2005, a água do córrego se enquadra em água de classe III, onde o limite permitido é de 1000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros. A presença da Pseudomonas spp., uma bactéria entérica oportunista, pode estar relacionada com os descartes de efluentes que o córrego recebe. A análise da água do córrego em estudo apresentou resultados satisfatórios quando comparados com os parâmetros da legislação, mas esta não inspeciona a análise de Salmonella spp. e Pseudomonas spp. para qualidade microbiológica da água usada. Conclui-se assim que os resultados obtidos podem estar diretamente ligados com a quantidade de descartes indústrias que este córrego recebe ou pela interferência que o mesmo sofre com os resíduos de defensivos utilizados na agricultura, sendo necessários mais estudos para avaliação desses resíduos sobre a água do local.