Resumo

Introdução: Os biofilmes são pequenos ecossistemas, complexos e dinâmicos, formados por microrganismos envolvidos em uma matriz de polímeros orgânicos aderidos a uma superfície, configurando um modo protegido de desenvolvimento bacteriano mediante as situações hostis. Microrganismos estruturados em biofilme demonstram uma preferência pelo processo de adesão em diversas superfícies inanimadas, incluindo aço inoxidável, vidros, alumínio, látex e poli (tereftalato de etileno), PET. Desta forma, importante para a área de engenharia aplicada, colonizando superfícies de linha de produção, e da saúde relacionado a dispositivos médicos. Baseado nisso, o presente estudo avaliou a capacidade de adesão e formação de biofilme em superfícies de poli (tereftalato de etileno) PET e látex siliconizado, utilizando cepa de Escherichia coli ATCC 25922 e selvagem. Métodos: Os cupons de prova, com área aproximada de 1 cm², foram imersos em meio de cultura (BHI) com suspensão bacteriana da cepa selvagem de Escherichia coli. Os tempos usados para a avaliação do biofilme foram: tempo inicial, 0h, 30 min, 1h, 2h, 4h, 8h, 16h, 32h, 64h, 128h e 256h, incubados a 37°C. A contagem de células planctônicas e aderidas foi feita em ágar PCA (Plate Count Agar) com incubação a 37°C. Resultado: A adesão em superfície de látex foi superior à de PET, tanto em cepa ATCC quanto em selvagem. Portanto, o látex favoreceu o desenvolvimento microbiano com um aumento populacional, estabelecendo vários ciclos de crescimento bacteriano. Conclusão: Observou-se uma interação das células bacterianas com os materiais, indicando que a composição e características das superfícies influenciam no processo de adesão, visto que fissuras, ondulações, depressões e alta porosidade podem facilitar a fixação e alojamento de bactérias.