27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1751-2


Poster (Painel)
1751-2ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE MEL E GEOPRÓPOLIS DE ABELHA URUÇU (Melipona scutellaris)
Autores:Cabral, V.A. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Gorlach-Lira, K. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Carvalho, A.M.C. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

O uso indiscriminado de antibióticos tem proporcionado o surgimento, cada vez mais frequente, de microrganismos patogênicos resistentes aos antimicrobianos. Diante disso, tem-se buscado alternativas, como o desenvolvimento de novos antibióticos a base de produtos naturais. Diversos estudos têm comprovado a eficácia dos produtos oriundos de abelhas como agentes microbicidas, ao exemplo do mel e a própolis. Entretanto, poucos estudos têm sido realizados sobre os produtos procedentes de abelhas da subfamília Meliponinae, também conhecidas como abelhas sem ferrão. A abelha uruçu verdadeira (Melipona scutellaris),nativa da Mata Atlântica, é conhecida devido a seu porte avantajado e aos seus produtos que são considerados medicinais pela cultura popular. Neste trabalho objetivou-se analisar a atividade antibacteriana do mel e do geoprópolis da M. scutellaris, frente às cepas padrões de Bacillus cereus (CCT0198), Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Candida albicans (ATCC 10231), bem como duas cepas de S. aureus meticilina resistentes (MRSA), obtidas da coleção do Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB. Para as análises foram utilizadas as amostras de mel fresco e armazenado por um ano em temperatura ambiente e o extrato hidroalcoólico de geoprópolis. Atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão no meio sólido utilizando o Agar Müller-Hinton. As cepas de B. cereus e C. albicans apresentaram resistência às amostras de mel, no entanto foram sensíveis ao extrato de geoprópolis. A cepa de E.coli foi sensível às amostras de mel, mas foi resistente ao extrato de geoprópolis. Os testes de atividade antibacteriana mostraram que as cepas de S. aureus (ATCC 25923 e MRSA) foram sensíveis foram sensíveis ao mel e geoprópolis. As cepas de S. aureus meticilina resistentes apresentaram maiores halos de inibição de crescimento quando comparadas com ás da cepa padrão. Não houve diferença entre a ação antimicrobiana das amostras de mel fresco e armazenadas por um ano em temperatura ambiente. Os resultados obtidos revelam que o mel e geoprópolis procedentes de M. scutellaris apresentam um potencial no controle de infecções bacterianas, inclusive causadas por S. aureus meticilina resistentes.