27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1748-1


Poster (Painel)
1748-1AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO RISCO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE ARAGUAÍNA, TOCANTINS, BRASIL.
Autores:Krakhecke-Teixeira, A.G. (FUNTROP - Fundação de Medicina Tropical do Tocantins) ; Feltrim, F.E.S. (SESAU - Secretaria de Saúde do Tocantins) ; Rossi, A. (SESAU - Secretaria de Saúde do Tocantins)

Resumo

As infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) se tornaram importante foco de atenção nas últimas décadas. Essa problemática cresce a cada dia no Brasil, sendo considerada como um importante problema de saúde coletiva, sendo necessárias medidas preventivas e de controle imediatos, bem como a sensibilização das equipes de saúde quanto à problemática. O presente estudo pode avaliar 108 amostras coletadas, sendo a UTI1 e UTI2 de Hospital sem fins lucrativos, e UTI3 de hospital público. Foram 180 isolados bacterianos sendo 37 na UTI1, 55 na UTI2 e 88 na UTI3. As bactérias mais encontradas foram SCoN – estafilococos coagulase negativa (30,55%) e Staphylococcus aureus (28,88%). Com relação ao perfil de sensibilidade das cepas encontradas, a maioria apresentou sensibilidade aos antimicrobianos avaliados. Porém, alguns isolados apresentam resistência intrínseca e outros foram resistentes a maioria dos antibióticos avaliados. Os isolados de Empedobacter brevis, Stenotrophomonas maltophilia, Pseudomonas stutzeri, Burkholderia cepacia, Acinetobacter spp, Enterococcus faecalis e SCoN apresentaram multirresistência, duas cepas de SCoN apresentaram resistência a vancomicina, e a maioria dos cocos apresentaram resistência a metilcilina. Todas as fontes avaliadas ofereceram risco de infecção (p<0,05), com exceção do álcool gel e ar ambiente. Nossos achados estão de acordo com outros estudos realizados em ambiente hospitalar, onde relatam que as UTIs possuem as mais altas prevalências de IRAS dentro do hospital, e as bactérias Gram-positivas são os patógenos mais frequentemente isolados, sendo o gênero Staphylococcus o mais predominante. Saber as fontes de contaminação e o modo de transmissão das IH são essenciais para se determinar medidas adequadas de controle, bem como a indicação precisa do uso de antibióticos para se evitar a resistência microbiana. Os nossos resultados permitiram avaliar criticamente as ações e propor soluções para minimizar os riscos apresentados.