27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1745-1


Prêmio
1745-1Análise do Potencial de Biodegradação de Petróleo por Isolados de Rizóbios, Utilizando o Indicador Diclorofenol Indofenol - DCPIP.
Autores:Menezes, N.C. (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da AmazôniaUEA - Universidade do Estado do Amazonas) ; Brito, L. L. (UEA - Universidade do Estado do AmazonasINPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Oliveira, L.A. (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

Resumo

O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais. A contaminação ambiental por esta substância e por seus derivados causa grande impacto ecológico e as técnicas para sua remediação tem recebido destaque nas últimas décadas. Isolados de rizóbios podem tornar-se uma alternativa viável e segura para a biorremediação de solos contaminados com esse produto, porque não é um microrganismo patogênico a plantas e animais, o que não acontece com muitos microrganismos pesquisados com essa finalidade. Este trabalho teve como objetivo verificar a capacidade de 36 isolados de rizóbios em degradar compostos de petróleo, utilizando a técnica do indicador redox 2,6-diclorofenol-indofenol pela mudança de cor do DCPIP azul (oxidado) para o incolor (reduzido). O teste foi montado em placas de acrílico (tipo Elisa) contendo 96 poços, onde foram adicionados 125 uL de sais do meio INPA, 100uL de DPIP, 5uL de petróleo que foi utilizado como fonte de carbono, 5 uL de manitol e 15 uL de inóculo padronizado a 105 UFC/uL. As placas de Elisa foram incubadas a 300C e a cada 24 horas foi observado o desaparecimento da cor com atribuição de notas, onde 1 (coloração total), 2 (início da descoloração, 3 (descoloração parcial), 4 (descoloração quase total) e 5 (descoloração total) para a leitura positiva. Com relação ao índice de descoloração total ou quase total observou-se que após 24 horas dois isolados de rizóbios (INPA R581eR614), contendo o petróleo como fonte de carbono já apresentaram descoloração quase total, obtendo-se no geral 18,92% (manitol) e 8,11% (petróleo) de descoloração quase total ou total. Com 96 horas, esses índices aumentaram com relação as duas fontes de carbono (petróleo - 51,35% e manitol - 40,54%). Após 144 horas, houve uma diferença significativa, obtendo-se (manitol - 51,35% e petróleo - 59,46% petróleo) de descoloração. Com isso, dos 36 rizóbios testados, 26 (INPA R548, R549, R552, R556, R557, R557, R565, R566, R568, R577, R583, R589, R591, R614, R618, R629, R631, R634, R657, R664, R666, R667, R674, R675, R676, R677) apresentaram descoloração parcial, quase total ou total, utilizando o petróleo como fonte de carbono, com seis dias de observação, demonstrando com isso o tempo que esses microrganismos levam para se adaptarem a fonte de carbono e degradar os hidrocarbonetos do petróleo.