27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1742-2


Poster (Painel)
1742-2PATOGENICIDADE DE Mycoplasma gallinarum EM FRANGOS DE CORTE INFECTADOS ISOLADAMENTE OU EM COMBINAÇÃO COM A CEPA VACINAL H120 DO VÍRUS DA BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS
Autores:Silva, C.C. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Santos, F.F. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Brandão, M.D.M. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Faria, T.S. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Machado, L.S. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Barreto, M.L. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Almeida, J.F. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Tortelly, R. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Nascimento, E.R. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Pereira, V.L.A. (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

Mycoplasma gallisepticum (MG), Mycoplasma synoviae (MS) e Mycoplasma meleagridis (MM) são patógenos indiscutíveis e de preocupação para a Indústria Avícola, entretanto M. gallinarum (MGA) tem sido considerado comensal. Este estudo visou avaliar frangos de corte infectados com cepa autóctone de MGA isoladamente ou em combinação com o vírus vacinal da Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG). Um total de 96 pintos de corte, livres de micoplasmas, dividido em quatro grupos de 24 aves foram mantidos em unidades isoladoras, sendo G1, aves não infectadas, nem vacinadas; G2, infectadas com cepa autóctone de MGA; G3, vacinadas contra BIG cepa H120 (Bio-bronk-vet®, Biovet,SP), G4, infectadas com MGA e vacinadas contra BIG. A infecção por MGA foi monitorada pela PCR e a vacinação contra BIG, pela RT-PCR. O consumo de ração foi registrado durante todo o experimento. Semanalmente, quatro frangos de cada grupo foram retirados aleatoriamente, pesados e submetidos à coleta de sangue e à necropsia. Foram coletados fragmentos de traqueia, pulmão, sacos aéreos, fígado, coração, musculatura do peito, rins e trato digestivo em formol a 10% para histopatologia. Amostras de raspado de traqueias em “pools” por grupo foram submetidas à detecção de MGA, MG, MS por isolamento e PCR e de vírus da BIG por RT-PCR. As amostras de soros foram submetidas ao ELISA para MG, MS e BIG. O consumo de ração entre os grupos foi similar até 42 dias de idade. As diferenças para peso médio final e ganho de peso entre os grupos estudados não foram significativas (ANOVA, p>0,05). Todas as amostras foram negativas para micoplasmas ao isolamento. À PCR, todas as amostras analisadas foram negativas para MG e MS, e para MGA, as amostras foram positivas em G2 e em G4 e negativas, em G1 e G3. À RT-PCR, as amostras foram positivas nos grupos vacinados contra BIG (G3 e G4). Ao ELISA, todas as amostras foram negativas para MG e MS e para BIG obtiveram títulos nas análises de primeiro e sétimo dias, sendo negativas a partir do 14º dia de idade. À necrospia, em G1 não foram observadas lesões dignas de nota. Nos demais grupos foram observados exsudato catarral na traqueia, aerossaculite, hidropericárdio, pneumonia, sinovite, e miopatia peitoral em número variável de aves entre os grupos e de acordo com as idades estudadas. Ao exame histopatológico foram observados miodegeneração vacuolar acompanhada de atrofia e necrose muscular do peito e reação inflamatória focal associada à necrose no pulmão em G4.