27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1741-1


Poster (Painel)
1741-1Expressão diferencial de proteínas do fungo Conidiobolus lamprauges cultivado em diferentes temperaturas
Autores:GODOY, I. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; PAULA, D. A. J. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; SILVEIRA, M. M. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; BRANDÃO, L. N. S. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; DUTRA, V. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; NAKAZATO, L. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)

Resumo

Para sobreviver na temperatura corpórea de seu hospedeiro, os fungos patogênicos têm desenvolvido mecanismos moleculares importantes, como a expressão de proteínas relacionadas ao crescimento em altas temperaturas. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o crescimento in vitro de Conidiobolus lamprauges em diferentes temperaturas e comparar o perfil de proteínas expressas, através de eletroforese bidimensional (2D), em duas temperaturas distintas, sendo uma considerada baixa (28˚C) e alta (37˚C). Para análise do crescimento em diferentes temperaturas, cinco isolados de C. lamprauges, oriundos de ovinos doentes, foram incubados a 20, 25, 30, 35 e 40˚C e o crescimento radial foi medido a cada 24 horas. Para análise da expressão diferencial, realizou-se a extração de proteínas do fungo cultivado a 28 e 37˚C por 48 horas. A média de crescimento radial dos isolados foi diferente nas temperaturas analisadas, sendo 35˚C a melhor temperatura para crescimento em todas as amostras. A temperatura ótima ajustada variou entre 33,3 e 34,8˚C. Os limites inferior e superior de inibição de crescimento foram 18˚C e 42˚C respectivamente. Na análise da expressão diferencial, foram encontrados 16 spots diferencialmente expressos, sete (7/16) estavam com expressão diminuída e nove (9/16) com expressão aumentada a 37˚C quando comparado a 28˚C. Além disso, oito spots estavam presentes apenas a 28˚C e seis a 37˚C. A identificação dessas proteínas poderá auxiliar na descoberta de características relacionadas à patogênese da doença na regulação térmica, na descoberta de novos diagnósticos e tratamentos e vacinas. Sugere-se que C. lamprauges produza um perfil de proteínas relacionadas à termorregulação desencadeado pela alta temperatura do hospedeiro, sendo necessários outros estudos utilizando ferramentas moleculares para identificá-las e que possam contribuir para melhor entendimento da patogenia e virulência do fungo.