27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1721-1


Prêmio
1721-1Caracterização da produção em escala industrial da Vacina Pertussis Low
Autores:Carmo, C.V. (IBU - Instituto ButantanVAE - Secao de Vacinas Aerobicas) ; Akamatsu, M.A. (IBU - Instituto ButantanVAE - Secao de Vacinas Aerobicas) ; Darini, E. (IBU - Instituto ButantanVAE - Secao de Vacinas Aerobicas) ; Sakauchi, M.A. (IBU - Instituto ButantanS. BACTERIOLOGIA - Servico de Bacteriologia) ; Carvalho, B.P. (IBU - Instituto ButantanVAE - Secao de Vacinas Aerobicas) ; d`Epiro, T.T.S. (IBU - Instituto ButantanVAE - Secao de Vacinas Aerobicas) ; Oliveira, M.L.S. (IBU - Instituto ButantanBIOTECNOLOGIA - Centro de Biotecnologia) ; Jr. Ferreira, J.M.C. (IBU - Instituto ButantanIMUNOQUIMICA - Laboratório de Imunoquímica) ; Miyaji, E.N. (IBU - Instituto ButantanBIOTECNOLOGIA - Centro de Biotecnologia) ; Raw, I. (IBU - Instituto ButantanBIOTECNOLOGIA - Centro de Biotecnologia) ; Ho, P.L. (IBU - Instituto ButantanDDTP - Divisão de Desenvolvimento Tecnológico e Produção)

Resumo

A associação de eventos adversos ocorridos na imunização com a Vacina Pertussis Celular (P) tem levado ao desenvolvimento de vacinas menos reatogênicas como a Vacina Pertussis Acelular (aP). Entretanto, sabe-se que a imunização com aP não tem a mesma eficiência quando comparada a imunização da Vacina P. As reações adversas da vacina celular são atribuídas a presença de moléculas de Lipopolissacarídeos (LPS) que fazem parte da constituição da membrana externa da Bordetella pertussis. Neste sentido, o Instituto Butantan desenvolveu a Vacina Pertussis Low (Plow) com reduzida quantidade de LPS, que é menos tóxica que a vacina celular tradicional. O seu custo de produção é menor que a Vacina aP e possui a imunogenicidade da vacina celular tradicional. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a produção em escala industrial da Vacina Pertussis Low. A atividade endotóxica, conteúdo de LPS e dos principais antígenos foram avaliados, quando comparados com a vacina celular convencional produzida no Instituto Butantan. Através de ensaios de Western Blot comparou-se os principais antígenos da B. pertussis como: PT, FHA, Pertactina e Fimbrias, não sendo observadas diferenças significativas no conteúdo destes antígenos entre as duas vacinas. Para medir a eficiência da remoção do LPS, foram feitos ensaios de KDO nos quais nota-se uma redução média de 25% na nova vacina. A atividade endotóxica foi medida pelo teste de LAL (Limulus Amebocyte Lysate) e observou-se uma redução no número de unidades endotóxicas. Ensaios de citometria de fluxo também foram realizados, a fim de comparar a correspondência das unidades opaciométricas das duas vacinas, cujos resultados preliminares se mostraram semelhantes. Esses resultados apontam que houve redução da atividade endotóxica e remoção do conteúdo de LPS na Vacina Pertussis Low quando comparada com a Vacina Pertussis celular tradicional e que não parece ter havido perda significativa de antígenos de superfície importantes para a imunogenicidade da vacina.