27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1712-1


Poster (Painel)
1712-1AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE PCR EM TEMPO REAL NO DIAGNÓSTICO DE MENINGITE TUBERCULOSA
Autores:Nogueira, K. S. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Palmeiro, J.K. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do ParanáIPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Conte, D. (IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Queiróz, I.H.S. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Tanaka, C.L. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Kussen, G.B. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Paiva, M. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Dalla Costa, L.M. (HC-UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do ParanáIPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe)

Resumo

Introdução: Meningite tuberculosa (TBM) é a forma mais grave de tuberculose e uma das formas mais devastadoras de meningite. Ocorre em 7-12% dos pacientes com tuberculose nos países em desenvolvimento. Apesar dos avanços no tratamento, a mortalidade e sequelas permanecem inaceitavelmente elevadas. A taxa de mortalidade para meningite tuberculosa não tratada é quase 100% e o atraso no tratamento muitas vezes leva a lesão neurológica permanente. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o melhor prognóstico. Os testes microbiológicos convencionais podem falhar neste objetivo, e por isso, a detecção de M. tuberculosis no líquor por PCR está sendo amplamente empregada. O objetivo deste trabalho é comparar os resultados obtidos nos exames microbiológicos e de biologia molecular no diagnóstico da meningite tuberculosa em um período de 3 anos. Materiais e Métodos: A amostra utilizada foi líquido cefalorraquidiano de pacientes atendidos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Os métodos utilizados foram bacterioscopia usando coloração de Ziehl-Gabet, cultura em meio de Lovenstein-Jensen e PCR em tempo real usando kit da Nanogen. Resultados e Discussão: Foram testadas 173 amostras das quais 159 (92%) foram negativas nas três metodologias. As demais amostras foram positivas na cultura e na PCR (2), somente na cultura (1) ou somente na PCR (11). Sete (7) amostras positivas somente na PCR eram de pacientes com sintomas clínicos e outros exames compatíveis com meningite tuberculosa (análise do LCR, tomografia e ressonância nuclear magnética). As outras quatro (4) amostras positivas somente na PCR não puderam ser confirmadas clinicamente como meningite tuberculosa. Duas (2) amostras porque eram de pacientes que não apresentaram outra alteração nos demais exames realizados e duas (2) porque os pacientes apresentavam complicações neurológicas devido à infecção por HIV, além de outras infecções secundárias, o que dificultou o diagnóstico preciso. O melhor desempenho da PCR destaca a alta sensibilidade do método e sua importância na análise de amostras em que a quantidade de micro-organismos na amostra coletada é baixa. Conclusão: A PCR é uma importante ferramenta no diagnóstico da meningite tuberculosa, pois é mais sensivel que os métodos microbiológicos utlizados, além de muito mais rápido, o que garante o diagnóstico preciso e precose, melhorando o prognóstico do paciente.