27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1708-1


Prêmio
1708-1ISOLAMENTO E SELEÇÃO DE LEVEDURAS PARA FERMENTAÇÃO DE PENTOSE
Autores:Varize, C.S. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Alexandrino, N. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Christofoleti-Furlan, R.M (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Miranda, E.S. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Novello, A.P. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Oliveira, M.P.M. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Silva, J.B. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Vital, S. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Rosa, C.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Basso, L.C. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz)

Resumo

Os biocombustíveis podem reduzir a dependência das fontes energéticas fósseis. O uso de energia renovável acarreta a diminuição das emissões de gases tóxicos. A biomassa de origem vegetal, fonte de geração dos biocombustíveis, é uma das mais baratas e abundantes matérias-primas renováveis. O etanol produzido a partir das frações lignocelulósicas, etanol de segunda geração, pode ser obtido a partir da utilização total dos açúcares presentes na biomassa vegetal. Os polissacarídeos componentes do material lignocelulósico como hemicelulose e celulose, podem ser transformados em açúcares como xilose e glicose, os quais podem ser utilizados como substrato em processos fermentativos. Linhagens de leveduras não Saccharomyces possuem capacidade de bioconversão de pentoses (xilose e arabinose), constituintes da fração hemicelulósica, em etanol. Neste contexto, o presente trabalho busca, através de isolamento, a obtenção de linhagens de leveduras não Saccharomyces para a bioconversão da xilose em etanol. Leveduras com capacidade de crescimento em xilose foram isoladas de madeira em decomposição empregando-se o protocolo descrito por Cadete et al. (2009). Tais linhagens, juntamente com outras pertencentes à coleção de leveduras da UFMG, foram avaliadas quanto ao metabolismo em meio de xilose como fonte de carbono (2% de xilose, 1% de extrato de levedura, 1% de peptona e 0,02% de cloranfenicol), a 28oC e 150 rpm. As amostras foram removidas em intervalos pré-estabelecidos para as dosagens de biomassa (DO600nm), consumo de xilose e produção de etanol, mediante cromatografia líquida de alta performance. Foram obtidas 57 colônias do isolamento de madeira em decomposição. As linhagens apresentaram três diferentes tipos de perfil metabólico, que se correlacionaram com a morfologia das colônias em meio sólido. Apenas duas linhagens dentre os isolados não apresentaram capacidade de conversão de xilose em etanol. Os isolados que produziram etanol apresentaram taxas de conversão (Yp/s, g de etanol por g de xilose) entre 0,04 e 0,28 no período de 24 horas. Tais valores variaram entre 0,11 e 0,34 para as 8 linhagens oriundas da coleção da UFMG. O presente estudo demonstrou o potencial biotecnológico de linhagens de leveduras não Saccharomyces, isoladas de madeira em decomposição, para converter xilose em etanol mediante processos fermentativos.