27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1687-1


Poster (Painel)
1687-1Avaliação do fator neurotrófico derivado do cérebro, fator de crescimento neuronal e memória em ratos Wistar adultos sobreviventes da meningite neonatal por Streptococcus agalactiae
Autores:Barichello, T. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Lemos, J.C. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Generoso, J.S. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Simões, L.R. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Carradore, M.M. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Moreira, A.P. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Collodel, A. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Zanatta, J.R. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Valvassori, S.S. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Quevedo, J. (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense)

Resumo

O Streptococcus agalactiae é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em recém-nascidos e crianças jovens, causando septicemia, pneumonia e meningite. Os sobreviventes de meningite podem sofrer graves consequências neurológicas a longo prazo, como convulsões, perda de audição, cegueira, prejuízo de memória e aprendizagem. As neurotrofinas, tais como o fator de crescimento neuronal (NGF) e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) controlam a morte celular neuronal durante o desenvolvimento do cérebro e desempenham um papel importante na diferenciação neuronal, na sobrevivência e no crescimento de neurônios. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de BDNF e NGF e parâmetros comportamentais em ratos Wistar adultos submetidos à meningite no período neonatal por S. agalactiae. Para isso, ratos Wistar neonatos com 3 a 4 de vida, receberam 10 μL de solução salina estéril como um placebo (grupo controle) ou um volume equivalente de suspensão de S. agalactiae na concentração de 1×106 UFC/mL (grupo meningite). Sessenta dias após a indução da meningite, os animais foram submetidos a testes comportamentais, após foram mortos e o hipocampo e córtex foram retirados para analisar os níveis BDNF e NGF. Na tarefa comportamental de habituação ao campo aberto não houve diferença motora, atividade exploratória e memória de habituação entre os grupos. Na tarefa de esquiva inibitória, quando se avaliou a memória de longo prazo às 24 h após a sessão de treino, o grupo meningite apresentou diminuição na memória aversiva a longo prazo quando comparado com o teste do grupo controle. Os níveis de BDNF foram diminuídos no hipocampo e no córtex, no entanto os níveis de NGF diminuíram apenas no hipocampo. Estes achados sugerem que o modelo de meningite pode ser uma ferramenta útil de investigação para o estudo dos mecanismos biológicos envolvidos nas alterações comportamentais secundárias a meningite S. agalactiae.