27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1627-2


Poster (Painel)
1627-2Ocorrência de Mycoplasma hemotrópicos em gatos domésticos e felídeos silvestres de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil
Autores:Paula, D.A.J. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Almeida, A.B.P.F (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; CÂNDIDO, S.L. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Joanoni, A.L.P. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Sousa, V.R.F. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Silveira, M.M. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Maruyama, F.H. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Silva, C.P.A. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; NAKAZATO, L (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; DUTRA, V. (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)

Resumo

A micoplasmose felina, também conhecida como anemia infecciosa felina, é uma hemoparasitose causada por Mycoplasma haemofelis, “Candidatus Mycoplasma haemominutum” e/ou “Candidatus Mycoplasma turicensis”. A infecção é considerada oportunista, porém, em situações de estresse ou em presença de infecções concomitantes, pode resultar no desenvolvimento de intensa anemia. O presente estudo teve por objetivo a identificação dos Mycoplasma hemotrópicos em amostras de sangue de gatos domésticos e felídeos silvestres através da técnica de PCR e a avaliação dos aspectos hematológicos (presença da anemia) em felinos domésticos atendidos no Hospital Veterinário da UFMT. Amostra sanguínea de 170 gatos e 17 felídeos silvestres foram coletadas, processadas para extração de DNA genômico pela técnica fenol-clorofórmio e realização da PCR segundo Watanabe et al. (2003). Dados como raça, sexo, idade e hemograma foram obtidos do prontuário de cada animal atendido visando avaliação dos fatores de risco e presença ou não de anemia. Dentre os gatos domésticos analisados, 14,1% (24) foram positivo para M. haemofelis, 12,9% (22) positivos para “Candidatus M. haemominutum” e 2,4% (4) positivos para “Candidatus M. turisensis”. Em relação aos felídeos silvestres, 41,2% (7) foram positivas para M. haemofelis, entretanto foram negativas para as outras duas espécies. Dentre os animais atendidos 50,6% (86) dos animais eram machos, 71,8% (122) sem raça definida (SRD), 13,5% (23) apresentavam anemia no momento do exame e 53% eram adultos (idade superior a 12 meses). O encontro de maior número de machos infectados pode ser decorrente dos hábitos de deambulação e o possível envolvimento em brigas. Entretanto, nesta pesquisa a presença de anemia não foi determinante para o diagnóstico positivo da doença. Com este trabalho observou-se a ocorrência de Mycoplasmas hemotrópicos em animais domésticos e silvestres na região, entretanto estudos futuros devem ser conduzidos para melhor entender seu impacto em gatos e na fauna silvestre.