27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1613-1


Poster (Painel)
1613-1Desenvolvimento de anticorpos policlonais e monoclonais anti-NS1 e emprego em ensaios de captura para diagnóstico de Dengue
Autores:Rocha, L.B. (IBU - Instituto Butantan) ; Alves, R.P.S (USP - Universidade de São Paulo) ; Amorim, J.H (USP - Universidade de São Paulo) ; Ferreira. L.C.S. (USP - Universidade de São Paulo) ; Piazza, R.M.F. (IBU - Instituto Butantan)

Resumo

Introdução: A incidência da dengue aumentou trinta vezes nos 50 anos, neste sentido, é a doença viral transmitida por mosquito que mais rapidamente se espalha no mundo. Estima-se que a doença acometa entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano. Somente no Brasil, em 2012 foram registrados quase 600.000 casos, sendo que a maioria desses ocorreram na região sudeste. Como até o momento, não há uma vacina efetiva ou um tratamento eficiente para o controle da dengue em seres humanos, o rápido diagnóstico possibilita uma melhor atuação dos profissionais de saúde, e um melhor prognóstico para o paciente. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de anticorpos monoclonais e policlonais contra a proteína NS1 do vírus da dengue para uso em ensaios de captura.Materiais e métodos: Coelhos Nova Zelândia e camundongos Balb/C foram imunizados com a proteína NS1 utilizando a toxina termo-lábil (LT) recombinante como adjuvante. Após intervalos de 15 dias de reforços, os soros dos animais foram testados por ELISA para avaliar a reatividade contra NS1. Os anticorpos policlonais foram então obtidos por meio da separação do soro do coelho, e os anticorpos monoclonais foram obtidos após fusão dos mielomas com os plasmócitos retirados dos linfonodos poplíteos dos camundongos. Os hibridomas resultantes da fusão foram avaliados por ELISA para a produção de anticorpos anti-NS1, tipo e subtipo de imunoglobulina e avaliação de aplicação de um ensaio de captura utilizando policlonais e monoclonais. Discussão dos Resultados: Após imunização, o soro de coelho apresentou altos títulos de anticorpos anti-NS1. A fusão dos plasmócitos com mielomas resultou em mais de 400 clones, destes, 25 foram selecionados por apresentarem alta produção de anticorpos monoclonais evidenciada pela reatividade com o antígeno NS1. Após avaliação dos tipos e subtipos de imunoglobulinas, verificou-se a presença de anticorpos IgG1, IgG2a, IgG2b, IgG3 e IgM. Além disso, após ensaio de ELISA utilizando o anticorpo policlonal na sensibilização e os monoclonais na captura do antígeno observou-se que todos os clones obtidos estão aptos para uso em ensaios de captura, pois não competiram pelos mesmos epítopos. Conclusão: Os anticorpos policlonais e monoclonais anti-NS1 obtidos são ótimas ferramentas para ensaios de captura rápidos, sensíveis e específicos.