27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1590-1


Poster (Painel)
1590-1SUSCEPTIBILIDADE IN VITRO DE CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS VNI E CRYPTOCOCCUS GATTII VGII ISOLADOS DE PACIENTES HIV POSITIVOS E HIV NEGATIVOS PROVENIENTES DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DE CUIABÁ, MATO GROSSO.
Autores:Favalessa, O.C. (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Lazera, M.S. (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Wanke, B. (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Trilles, L. (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Dias, L.B. (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Silva Junior, I.F. (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Tadano, T. (HUJM - Hospital Universitário Julio Muller) ; Hahn, R.C. (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso)

Resumo

Cryptococcus neoformans, agente de criptococose é a espécie mais frequente isolada em pacientes com AIDS. Já Cryptococcus gattii, vem sendo isolado como patógeno primário em pacientes hígidos. Objetivamos neste estudo investigar o perfil de susceptibilidade in vitro dos tipos moleculares de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii isolados de amostras clínicas de pacientes HIV (positivos e negativos), oriundos dos hospitais universitários de Cuiabá-MT no período de 09/2005 a 12/2013. Os 28 isolados de Cryptococcus spp, foram identificados por PCR segundo Del Poeta et al. 1999, e a genotipagem foi realizada através de RFLP URA 5. O perfil de susceptibilidade in vitro dos antifúngicos fluconazol, voriconazol e anfotericina B foi determinado a através do método ETEST (AB Biodisk). Dos 27 pacientes estudados 14 apresentaram sorologia positiva para o HIV, destes foram 13 identificados como Cryptococcus neoformans VNI e um isolado como Cryptococcus gattii VGII. Dos 13 pacientes que apresentaram sorologia negativa para o HIV, nove isolados corresponderam à Cryptococcus gattii VGII e quatro isolados à Cryptococcus neoformans VNI. Foi possível observar que o C. neoformans tipo VNI foi à espécie mais frequente acometendo pacientes com AIDS como relatado por outros autores. C. gattii VGII predominou acometendo indivíduos soronegativos para o HIV, corroborando resultados semelhantes aos estudos realizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A faixa intervalar das concentrações inibitórias mínimas (CIM) em µg/mL observada para Cryptococcus neoformans VNI foi: fluconazol (3,0 - > 256), voriconazol (0,016 - 0,25) e anfotericina B (0,38 - 1,5). Considerando a variação de CIM em µg/mL para C. gattii: fluconazol (3,0 - 128), voriconazol (0,016 - 0,25) e anfotericina B (0,094 - 1,0). As espécies de Cryptococcus spp em geral foram susceptíveis in vitro frente aos antifúngicos testados, porém houveram dois isolados de C. neoformans VNI e dois C. gattii VGII resistentes ao fluconazol, dado este já relatado por alguns autores na literatura. Foram detectados valores refletindo succeptibilidade in vitro referentes à CIM50 e CIM90 para voriconazol e anfotericina B em concordância com outros autores. A investigação do perfil de suceptibilidade in vitro de isolados clínicos de Cryptococcus spp se faz necessária devido à emergência de cepas resistentes, além da determinação dos tipos moleculares circulantes na cidade de Cuiabá - Mato Grosso.