27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1567-1


Poster (Painel)
1567-1PULSOTIPOS MAIS FREQUENTES NO BRASIL DE Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis CARREIAM MAIOR NÚMERO DE GENES DE VIRULÊNCIA.
Autores:SILVA, L. G (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; GLATTHARDT, T. S. (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; GENTELUCI, L. C. (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; MASELLO, M. M. (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; FIGUEIREDO, A. M. S. (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; FERREIRA-CARVALHO, B. T. (UFRJ/IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Streptococcus dysgalactiae subespécie equisimilis (SDSE), antes reconhecido apenas como parte da microbiota do homem e outros animais, vem a partir do ano 2000 ganhando importância como agente de infecções, sobretudo invasivas graves. Apesar disso, a incidência de SDSE pode estar ainda sendo subestimada em virtude deste possuir características e causar uma gama de doenças similares às provocadas por Streptococcus pyogenes. Em um estudo prévio de nosso laboratório, 115 amostras de SDSE, isoladas num período de 30 anos de diversos materiais clínicos obtidos de humanos e equinos, foram classificadas por PFGE. Um comportamento incomum à maioria dos estreptococos foi observado: uma baixa diversidade clonal. Dois principais pulsotipos, denominados A e B, englobaram 57,4% e 26,1% das amostras, respectivamente. No primeiro foram classificadas apenas amostras humanas, obtidas num período de 29 anos, enquanto que, no segundo, as amostras foram isoladas durante 14 anos tanto de humanos quanto de equinos. Questões a respeito dos fatores que permitiram a persistência de amostras desses dois pulsotipos por um longo período de tempo foram levantadas. Para tentar elucidar tais questões, 59 representantes – 20 do pulsotipo A, 20 do pulsotipo B e 19 de pulsotipos esporádicos (observados em menor número de amostras) foram selecionados para a pesquisa de alguns fatores de virulência. Para tal, genes envolvidos em processos de adesão, invasão, evasão e espalhamento foram pesquisados por reação de PCR, após desenho dos iniciadores. Os genes selecionados foram: fbp, scpB, gapA, slo, lmb, spd1, speC, speK, speL, speM, hyl, inlA, spegG, sagA, ska e emm. Os resultados obtidos até o momento demonstram que todas as cepas selecionadas possuem os genes para fbp, hyl, inlA e emm, e que nenhuma das cepas possuem os genes spd1, speC, speK, speL e speM. Cerca de 90% das amostras apresentaram o gene scpB, 97% o gene gapA, 97% o gene slo, 93% o gene lmb, 76% o gene spegG, 97% o gene sagA e 88% o gene ska. A maioria dos resultados negativos pertence a amostras classificadas em pulsotipos esporádicos, enquanto as amostras dos pulsotipos A e B aparentemente possuem o maior arsenal detectado de genes de virulência. Esses resultados podem auxiliar no entendimento da persistência das amostras dos pulsotipos A e B por tão longo período temporal.