27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1563-2


Poster (Painel)
1563-2Caracterização da virulência de Salmonella isoladas de casos diarreicos em Manaus/AM.
Autores:Santa-Rita, A.M. (ILMD - Instituto Leonidas e Maria Deane) ; Cruz, C.B.N. (ILMD - Instituto Leonidas e Maria Deane) ; Orlandi, P.P. (ILMD - Instituto Leonidas e Maria Deane)

Resumo

As salmonelas entéricas constituem importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentam distribuição cosmopolita e acometem todas as faixas etárias. As salmonelas têm os seres humanos e os animais como seu reservatório natural e ao infectar esses organismos, invadem o epitélio do intestino grosso e delgado, se proliferam e consequentemente causam a infecção através dos seus fatores de virulência. Esses fatores nas salmonelas estão presentes nos flagelos e fimbrias, mobilidade, capacidade para passar pela barreira intestinal, capacidade de invadir as células, se reproduzir no epitélio intestinal e produção de toxinas. Este estudo teve como objetivo determinar o perfil de virulência das salmonelas isoladas de diarreias em dois prontos socorros infantis da cidade de Manaus/AM. Foram analisadas 200 amostras fecais de crianças de 0 a 10 anos de idade atendidas no P.S. da criança Zona Sul e P.S. Dr. Platão Zona Leste, no período de fevereiro a junho de 2012. Estas amostras foram imediatamente crescidas em meio de enriquecimento Tetrationato de Sódio e em Luria Bertain Miller (LB). Para isolamento das salmonelas, após 24h uma alça foi semeada em meios sólidos Verde Brilhante, Shigella/Salmonella e Hektoen. Colônias com características morfológicas de Salmonella foi inoculada em meios bioquímicos EPM,MILI,Citrato de Simons, Lisina, Arginina e Ornitina por mais 24h a 37°C. Foi realizada a amplificação e o sequenciamento do gene 16S rRNA das amostras de Salmonella positivas nos testes bioquímicos. Após esse procedimento, foi realizada a genotipagem dos genes de virulências sfdA, aceK, agfA, invA, phoP, fimA, fliC, slyA e spvC, pelo método de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Foram isoladas e identificadas nove salmonelas, dentre estas 100% foram positivas para as virulência invA, aceK, phoP e slyA, apenas uma amostra (11%) foi negativa aos genes sfdA e agfA, 2(22%) aos genes fliC e spvC e, o gene fimA não foi amplificado em 88% dos isolados. Os genes de virulência variam de acordo com o tipo de sorovar e cada um desempenha uma função diferente no organismo, podendo desencadear sintomatologia leves ou avançadas, dependendo da resposta imune do hospedeiro infectado. A caracterização do perfil de virulência das salmonelas em humanos pode contribuir para o tratamento rápido e controle desses microrganismos.