27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1557-1


Prêmio
1557-1Análise da microbiota intestinal de ratos submetidos a um tratamento com violaceína extraída da Chromobacterium violaceum
Autores:Pauer, H. (IMPG/UFRJ - IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Barbirato, D.S. (IBCCF/UFRJ - IBCCF - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Pires, E.S (IMPG/UFRJ - IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Miranda, K.R. (IMPG/UFRJ - IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Teixeira, F.L. (IMPG/UFRJ - IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Leitão, A.A.C.L. (IBCCF/UFRJ - IBCCF - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Domingues, R.M.C.P. (IMPG/UFRJ - IMPG - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

A microbiota anfibiôntica desempenha um papel crucial na saúde do hospedeiro, agindo como uma barreira contra a invasão de patógenos e exercendo importantes funções metabólicas. A capacidade do sistema imune de se desenvolver com a microbiota durante a vida pós-natal, permite a coexistência do hospedeiro e da microbiota em um relacionamento mutuamente benéfico. Muitos fatores, incluindo dieta, antimicrobianos e exposição a diferentes estresses, podem causar alterações nessas populações que no trato intestinal pode estar associada a doenças inflamatórias, alérgicas e distúrbios metabólicos. Chromobacterium violaceum é uma bactéria Gram-negativa presente no solo e água de áreas tropicais e sub-tropicais e produz um pigmento chamado violaceína que possui diversas atividades, como anti-bacteriana, anti-fungica, anti-viral e antioxidante. Algumas populações ribeirinhas consomem essas águas contaminadas mas apesar disso, não parecem desenvolver qualquer tipo de doença relacionada a esta bactéria. Sendo assim, optamos pela utilização de um modelo animal, para a avaliação inicial da interferência deste pigmento, em populações de microbiota intestinal. Para a realização do experimento foram utilizados 3 grupos de ratos Wistar machos com 2,5 meses. A violaceína foi extraída da C. violaceum e solubilizada em 5% DMSO. Esta suspensão foi diluída em água estéril nas concentrações de 50µg/ml (grupo A) e 500 µg/ml (grupo B). Cem microlitros destas soluções foram aplicadas na boca dos ratos duas vezes ao dia durante 1 mês. O grupo controle (grupo C) recebeu apenas água com 5% DMSO. Após 1 mês os ratos foram sacrificados e o conteúdo intestinal foi coletado para a extração de DNA. Um fragmento do RNA23S foi amplificado a partir da PCR utilizando iniciadores universais e o produto da PCR foi analisado por DGGE (50-65%). Após a análise dos géis foi verificado que a vilaceína interfere na microbiota intestinal dos ratos de forma significativa. Análises mais aprofundadas serão realizadas para um melhor entendimento de como violaceína afeta essa microbiota e se essa alteração seria benéfica ao hospedeiro, podendo assim, vir a ser utilizada no tratamento de doenças intestinais. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPERJ