27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1541-1


Poster (Painel)
1541-1Detecção fenotípica de AmpC plasmidial em amostras de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae obtidas de pacientes internados em um hospital universitário.
Autores:Côrtes, P.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Moraes, V.L.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alves, E.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Nouer, S.A. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ferreira, A.L.P. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Introdução: No Brasil, a Escherichia coli é a enterobactéria mais prevalente seguida pela Klebsiella pneumoniae como agente etiológico de diversas infecções. Diversos mecanismos de resistência a vários antimicrobianos têm levado estes microrganismos a causarem surtos de infecção hospitalar. A produção de enzimas beta-lactamases do tipo AmpC plasmidial, que conferem resistência às cefalosporinas, às cefamicinas e aos inibidores de beta-lactamases são um dos mecanismos emergentes nessa população bacteriana em nossa instituição, e a realização da detecção fenotípica de cepas produtoras de AmpC plasmidial auxilia na estimativa da prevalência destas enzimas sendo uma barreira no controle de sua disseminação. Objetivo: Detectar a produção de AmpC plasmidial em amostras bacterianas de E. coli e K. pneumoniae obtidas de pacientes atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período de janeiro a junho de 2013. Materiais e Métodos: Um total de 232 amostras de K. pneumoniae(79 / 34%) e E. coli (153 / 67%), foram isolados de diversos espécimes clínicos no período de janeiro a junho de 2013. Essas amostras foram identificadas e avaliadas quanto ao perfil de susceptibilidade pelo sistema Vitek 2. Um total de 19 amostras com sensibilidade reduzida a cefoxitina, considerado marcador para produção de AmpC foram submetidas ao teste fenotípico de avaliação da produção de AmpC plasmidial de acordo com protocolo estabelecido por Tan e colaboradores, 2009. Dessas 19 amostras avaliadas (14 K. pneumoniae e 5 E. coli), foram consideradas produtoras de AmpC plasmidial as cepas inoculadas nas placas onde observou-se um aumento de ≥ 4mm no diâmetro do halo de inibição do disco contento a combinação cefoxitina/ cloxacilina (inibidor), quando comparado com o halo da cefoxitina sem o inibidor. Resultados: Das amostras avaliadas quanto a produção de AmpC plasmidial, 10 (53%) apresentaram um aumento de ≥ 4 mm no diâmetro do halo da cefoxitina com inibidor e 9 amostras (47,3%) não tiveram alteração no tamanho do halo refletindo um resultado negativo. Conclusão: Como a metodologia disponível para a confirmação fenotípica da produção de AmpC plasmidial é conhecida por apresentar falhas em alguns casos na detecção de produtores de AmpC, não é possível determinar se o resultado negativo é conseqüência da ausência de AmpC plasmidial ou da limitação da técnica sem a realização de testes moleculares para a confirmação da presença do gene blaAmpC.