27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1539-2


Poster (Painel)
1539-2PRIMEIRO ISOLAMENTO DE Kodamaea ohmeri NO CEARÁ: UMA LEVEDURA EMERGENTE?
Autores:Chagas, C.A. (UECE - Universisidade Estadual do Ceará) ; Viana, G.A. (LACT - Laboratório de Análises Clínicas e ToxicológicasUECE - Universisidade Estadual do CearáUFC - Universidade federal do Ceará) ; Coelho, J.R. (LACT - Laboratório de Análises Clínicas e ToxicológicasUFC - Universidade federal do Ceará) ; Menezes, E.A. (LAMIL - Laboratório de Microbiologia de LevedurasUFC - Universidade federal do Ceará) ; Cunha, F.A. (LAMIL - Laboratório de Microbiologia de LevedurasUFC - Universidade federal do Ceará) ; Albuquerque, S.P. (LAMIL - Laboratório de Microbiologia de LevedurasUFC - Universidade federal do Ceará) ; Cunha, M.C.S.O (LAMIL - Laboratório de Microbiologia de LevedurasUFC - Universidade federal do Ceará)

Resumo

Os fungos são micro-organismos encontrados no solo, água, vegetais, animais e em seres humanos. Kodamea ohmeri é uma levedura de alimentos em conserva e antigamente era conhecida como Pichia ohmeri recentemente essa cepa mudou para o atual nome. Não se sabe se essa cepa é emergente, pois o número de casos presentes são muito poucos. K. ohmeri é uma levedura raramente isolada em patologia humana. Uma vez que o primeiro caso de fungemia foi descrito em 1998. Até o ano de 1970 não havia sido descrito ainda nenhum relato na literatura médica de infecção sistêmica ou fungemia devido a K. ohmeri. Devido aos poucos estudos com esta levedura, sabe-se pouco a seu respeito. O primeiro caso de fungemia por essa levedura relatado foi em um recém-nascido prematuro, que foi tratado com sucesso com anfotericina B. Infecções fúngicas oportunistas devido a fungos incomum patógenos têm aumentado ao longo da última década. Uma possível a razão é o aumento do número de imunocomprometidos e paceintes submetidos a quimioterapia agressiva, bem como a extensa utilização de drogas imunossupressoras para transplante e doença auto-imune. K. ohmeri pode ser uma levedura emergente. Até dezembro de 2009, somente 21 casos de infecção por K. ohmeri haviam sido relatados. O objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade de uma cepa de K. ohmeri isolada de amostra de sangue na cidade de Fortaleza, a levedura foi isolada de uma paciente internada na UTI do Hospital Geral de Fortaleza, durante o ano de 2009. A amostra foi processada no laboratório de patologia clínica Adolf Lutz. A cepa foi cedida pelo laboratório central de saúde púbica do Ceará (LACEN). A cepa estava estocada a -20°C em Mueller-Hinton caldo com 50% de glicerina e pertence à coleção do Laboratório de Microbiologia de Leveduras da Universidade Federal do Ceará. A cepa foi descongelada e sua pureza foi avaliada em meio cromógeno. O teste de sensibilidade foi realizado pelo método de disco difusão em ágar, foram avaliados os antifúngicos: anfotericina b, nistatina, fluconazol e cetoconazol. A cepa de K. ohmeri apresentou resistência a anfotericina B, nistatina e ao fluconazol, sendo sensível somente ao cetoconazol. Novos estudos precisam ser realizados para avaliar a epidemiologia de novos casos dessa cepa no estado do Ceará.