27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1538-2


Poster (Painel)
1538-2Avaliação do potencial antimicrobiano do óleo essencial de Lippia alba em biofilmes e microrganismos planctônicos
Autores:Rivas, A.C.S. (UFRJ - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes - CCS) ; Costa, D.C.M (UFRJ - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes - CCS) ; Blank, A.F. (UFS - Departamento de Engenharia Agronômica - UFS) ; Alviano, C.S. (UFRJ - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes - CCS) ; Alviano, D.S. (UFRJ - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes - CCS)

Resumo

Biofilmes são constituídos por uma comunidade estruturada de células aderentes a uma superfície inerte (abiótica) ou viva (biótica), embebidas numa matriz de exopolissacarídeos, constituindo uma forma de proteção ao seu desenvolvimento, e permitindo a sobrevivência em ambientes hostis. Várias infecções microbianas envolvem biofilmes. Nesse contexto e visando a resolução dos problemas observados com a terapia antimicrobiana, o interesse em espécies vegetais com propriedades terapêuticas tem crescido substancialmente. Lippia alba (Miller) N.E. Brown, conhecida como “erva cidreira do campo”, é bastante utilizada na medicina popular brasileira. Os óleos essenciais de L. alba apresentam uma grande variedade química, sugerindo a existência de um elevado número de quimiotipos. Assim, o presente trabalho avaliou o potencial antimicrobiano de 3 diferentes quimiotipos do óleo essencial de Lippia alba: quimiotipo citral, quimiotipo linalol e quimiotipo limoneno-carvona frente a células planctônicas e biofilmes de Candida albicans e Cryptococcus neoformans. Os testes qualitativo e quantitativo de inibição microbiana mostraram que os OEs foram ativos para diferentes microrganismos, porém os óleos apresentaram uma maior atividade contra fungos como Candida albicans e Cryptococcus neoformans, com valores de concentração inibitória mínima variando entre 0,15 μg⁄ml a 0,62 μg⁄ml. Considerando a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais dos diferentes quimiotipos de L. alba frente a células planctônicas, foi avaliada a atuação desses óleos na formação do biofilme desses fungos. Os resultados obtidos mostraram que alguns quimiotipos de L. albaforam capazes de desestruturar e influenciar na formação dos biofilmes de C. albicans e C. neoformans. Os óleos essenciais do quimiotipo citral foram mais ativos para o tratamento de biofilme em formação de C. neoformans e o quimiotipo limoneno-carvona foi mais ativo para o tratamento do biofilme de C. albicans. Suporte financeiro: CNPq e FAPERJ.