27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1530-2


Poster (Painel)
1530-2Contagem de fungos em água de cisterna do município de Sete Lagoas - MG
Autores:Souza, T.F. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Diniz,G.F.D (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Cury, J.C. (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei)

Resumo

Os fungos vivem em lugares úmidos, quentes, ricos em nutrientes e oxigênio, contaminando alimentos e também a água. A exposição aos fungos pode ser pela via respiratória ou pela ingestão, podendo provocar alergias e micoses em humanos e animais. Alguns fungos são produtores de micotoxinas, que causam efeitos patológicos como risco de câncer e diminuição da imunidade. Entretanto, pouco se tem destacado sua importância e regulamentação no tratamento da água. O objetivo desse trabalho foi avaliar a presença de fungos em 3 cisternas (C1, C2 e C3) do município de Sete Lagoas - MG utilizadas para consumo humano, sendo que em uma delas (C3) utiliza-se o sistema de sarilho (balde) sem proteção para retirada de água do poço, enquanto que nas outras duas cisternas utiliza-se o sistema de bomba de deslocamento. A determinação da presença de fungos foi realizada em placas de petri, em triplicata, contendo meio PDA (Potato Dextrose Agar) com pH reduzido a 3,5 com adição de 1,5mL de solução de ácido tartárico 10% para cada 100mL de meio. Uma alíquota de 25 mL da amostra de água foi adicionada a 225 mL de solução salina peptonada 0,1% para se ter uma amostra diluída a 10-1. Em seguida foi realizada uma nova diluição em solução salina para a obtenção da amostra diluída a 10-2. Uma alíquota de 0,1mL de cada diluição foi espalhada com a ajuda de alça de Drigalski sobre a superfície do meio, sendo esta em seguida incubada a 25°C durante 6 dias. As cisternas C1 e C2 não apresentaram fungos. Já a cisterna C3 apresentou uma quantidade de 3,7x102 propágulos de fungos por mL. Este resultado se deve possivelmente ao sistema utilizado para coleta de água (sarilho, com retirada por balde, sem proteção). Este método é considerado impróprio, porque implica em risco de contaminação da água da cisterna através de baldes contaminados ou sujos. Os fungos serão isolados e caracterizados em outros estudos.