27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1528-1


Poster (Painel)
1528-1Incidência de Pseudomonas aeruginosa co-produtora de RmtD e SPM-1 isoladas de hospitais do Estado de São Paulo
Autores:Bueno, MFC (IAL - Instituto Adolfo LutzPPG/CCD/SES - Programa de Pós graduação em Ciências) ; Francisco, GR (IAL - Instituto Adolfo LutzPPG/CCD/SES - Programa de Pós graduação em Ciências) ; Garcia, DO (IAL - Instituto Adolfo Lutz)

Resumo

Infecções sérias causadas por Pseudomonas aeruginosa são frequentemente tratadas com a combinação de um beta-lactâmico e um aminoglicosídeo. A produção de Metalo beta-lactamase (MBL) é uma causa frequente de alta resistência a carbapenêmicos entre as P. aeruginosa. SPM-1 é uma MBL que foi primeiramente descrita em 1997 em São Paulo, se tornando endêmica em hospitais brasileiros associado à surtos de infecções nosocomiais por esse patógeno. Em 2005, foi descrita no Brasil uma cepa de P. aeruginosa produtora de SPM-1 que também produzia uma metilase 16S rRNA, RmtD, conferindo uma alta resistência aos principais aminoglicosídeos. P. aeruginosa co-produtoras de SPM-1 e da RmtD são freqüentes nos hospitais do Estado de São Paulo. O objetivo desse estudo foi verificar a incidência da co-produção de SPM e RmtD em P. aeruginosa isoladas de diversos hospitais do Estado de São Paulo enviadas ao Instituto Adolfo Lutz no período de 2010 a 2012. Foram selecionadas 29 cepas que através do teste de disco difusão apresentaram resistência total a amicacina, marcador fenotípico para a produção de metilase. Foi realizada a reação de polimerase em cadeia (PCR) para os genes rmtD e blaSPM-1 e sequenciamento para confirmação dos positivos. Das amostras estudadas, 24 (82,7%) foram positivas para rmtD e destas 7 eram positivas também para blaSPM-1, sendo que sua produção foi somente observada em conjunto com a RmtD. A co-produção de RmtD e SPM-1 foi observada em 24% das amostras provenientes de diferentes hospitais e cidades do Estado de São Paulo. Desde a primeira descrição em 2005, P. aeruginosa produtoras de SPM-1 e RmtD continua disseminadas nos hospitais de São Paulo representando um desafio na escolha do tratamento. Sendo assim, medidas de prevenção e controle são necessárias para conter a disseminação desse significante patógeno multirresistente.